quarta-feira, 9 de maio de 2012

Reforma pretendida por Rosalba Ciarlini pode mixar.

Estou com a leve impressão que a reforma do secretariado da governadora Rosalba Ciarlini tende a mixar. 

Até o momento, o único nome que "aceitou" o convite dela para compor o primeiro escalão do governo foi Carlos Augusto Rosado, o marido. Mas esse já não é novidade para muita gente. É da casa, da cota pessoal da governadora. Já governa com ela. 

E seria um desastre maior se Carlos Augusto Rosado não aceitasse. Imagina? Seria o fim. Não dá nem para imaginar. Rosalba Ciarlini enfrenta problemas sérios para convocar nomes fora do círculo íntimo do poder. 

Gente de envergadura. Jaime Mariz resiste [chegou a descartar] a possibilidade de trocar a secretaria de previdência completar do Ministério da Previdência pela função de secretário estadual de Planejamento, como deseja Rosalba Ciarlini. 

Resta saber se o ministro Garibaldi Filho, que compõe o conselho político da governadora, liberou o auxiliar. A impressão que se tem é que sim. Afinal, se houvesse qualquer objeção da parte dele a ideia teria morrido no nascedouro. 

Mas, não. A convocação de Jaime Mariz ganhou corpo e passou a ser considerada algo fundamental. Jaime Mariz, engenheiro e assessor do mais alto gabarito, resiste. Disse que está muito bem em Brasília, obrigado!  

Além da resistência de Jaime Mariz, a governadora enfrenta dificuldades para encontrar um gestor para saúde. Ninguém quer subir na "nau desgovernada" [o termo ganhou grande destaque nas mídias sociais no últimos dias por questão ligada à proctologia]. 

Rosalba teria convidado Antônio Araújo (Unimed), Ricardo Lagreca (Onofro Lopes) e Marcos Leão para o cargo vago desde a exoneração de Domício Arruda. A notícia é que nenhum aceitou a parada. Em entrevista a mim, na segunda-feira (7), o senador Paulo Davim disse algo assim: "A situação é muito difícil na área da saúde. 

Nenhum nome sério, que deseja zelar por sua reputação e sossego, concorda em aceitar o cargo de secretário da saúde". E parece que a coisa é isso mesmo. As demandas são enormes, os recursos são escassos e os esquemas de corrupção no setor da saúde são históricos e insanáveis. 

Eu soube também que a governadora tem tido dificuldade para encontrar um nome para a Comunicação Social. Ventilaram os nomes dos jornalistas Heverton Freitas [ligado a Carlos Eduardo e Agnelo Alves] e Rubens Lemos Filho [ex-auxiliar de Garibaldi e de Wilma, que mandou dizer que não aceita]. 

Rosalba e o marido Carlos Augusto Rosado estão quebrando a cabeça para encontrar um nome de envergadura numa área que anda ampanhando feio, segundo a opinião de gente das cercanias do governo. 

A decisão de substituir o jornalista Alexandre Mulatinho está tomada [José Agripino Maia foi um dos maiores defensores da troca], mas Rosalba ainda não tem um nome. 

E seguem em aberto as vagas de secretário da Justica e Cidadania, Turismo e Instituto de Defesa e Inspeção Agropecuária (Idiarn). Quem se habilita? Por favor, currículos devem ser enderaçados à Governadoria aos cuidados dos senhor Anselmo Carvalho, chefe do Gabinete Civil, que esquenta o lugar para o doutor Carlos Augusto Rosado. 

O problema de Rosalba Ciarlini não é político. Ela conta com três senadores da República, quatro deputados federais, ministro de Estado, líder do PMDB, maioria de deputados na Assembleia Legislativa. O grande problema de Rosalba neste momento é de gestão. 

E me parece que ninguém anda disposto a ser nomeado por um e responder a outro. 
Diógenes Dantas

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