O presidente do Montes Claros, Vile Mocelin, afirma que está preparado para as críticas por ter assinado um contrato de trabalho de cinco anos com o goleiro Bruno, condenado a 22 anos e três meses de reclusão pelo desaparecimento e assassinato da sua ex-amante Eliza Samudio.
Mas acha que todas as pessoas merecem uma segunda chance. “Não apoio o que ele fez. De jeito nenhum. Mas todo mundo merece outra chance. Não estou pensando no jogador, estou pensando no homem”, diz o dirigente.
Na manhã desta sexta-feira, o contrato foi levado pelo advogado do goleiro para assinatura na Penitenciária Nelson Hungria, em Contagem, Belo Horizonte, onde o jogador está preso desde julho de 2010.
Agora à tarde, o documento foi registrado na Federação Mineira de Futebol – hoje termina o prazo para a inscrição de atletas para a segunda fase do Campeonato Mineiro do Módulo II, torneio do qual o Montes Claros é líder, faltando duas rodadas para o fim da fase de classificação.
O próximo passo é aguardar a liberação da Federação Carioca – o último clube de Bruno foi o Flamengo – para que o nome do goleiro seja publicado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF.
Após a regularização da documentação, o jogador vai aguardar a liberação do Tribunal de Justiça de Minas Gerais para que possa ser transferido de Contagem, onde está preso, para Montes Claros e, em seguida, conseguir a liberação para jogar.
“Ainda é cedo para definir como ele vai treinar, se terá escolta, se vai poder viajar com o time. Tudo isso vai ser definido pelo juiz”, disse o advogado Francisco Simim.
Não há prazo para o desenvolvimento do processo na justiça.
JH