Segurança, promoção internacional e facilitação de vistos entraram na pauta de discussões da reunião entre o ministro do Turismo, Henrique Eduardo Alves, e o presidente da Organização Mundial do Turismo, Taleb Rifai.
A maior autoridade do principal organismo internacional do setor reconheceu que o Brasil tem condições para atrair muito mais que os 6 milhões de estrangeiros que desembarcam por ano no país, mas destacou que, para o potencial ser desenvolvido, o governo como um todo precisa incluir o turismo na agenda prioritária.
"A Olimpíada é uma excelente oportunidade para mostrarmos todo o poder transformador que o turismo pode ter para um país. Foi assim na Espanha, na Olimpíada de Barcelona", afirmou o presidente da OMT, Taleb Rifai. Ele elogiou o ministro Henrique Alves por ter conseguido aprovar a isenção temporária de visto para os Estados Unidos, Canadá, Japão e Austrália, que passa a vigorar de primeiro de junho a 18 de setembro.
"São medidas simples como essas que fazem a diferença e ajudam o turismo a se desenvolver", destacou Rifai.
O ministro Henrique Eduardo Alves explicou que está buscando exemplos bem sucedidos de lugares que sabem explorar de forma sustentável o setor de viagens, como o México, a Espanha, a Croácia e a Tailândia. "Dos US$ 17 bilhões que o México fatura com o turismo, US$ 11 bilhões entram por Cancun, com menos de 30 quilômetros de litoral. Imagina quantas Cancuns, com todo respeito ao destino, podem existir no Brasil com 8 mil quilômetros de praias", afirmou o ministro.
A Croácia tem pouco mais de 4 milhões de habitantes e recebe 11 milhões de turistas estrangeiros por ano. A Espanha recebe mais de 60 milhões de estrangeiros, a Tailândia, 30 milhões, e o Brasil, pouco mais de 6 milhões.
Para Taleb, o Brasil precisa investir em segurança e numa promoção internacional agressiva. "Em todos os países onde o turismo assumiu um papel fundamental na economia, houve um envolvimento significativo da principal autoridade do país. Estou à disposição para trabalhar para convencer todos os envolvidos de que o setor tem um potencial enorme no Brasil", comprometeu-se o presidente da OMT.