Prefeito eleito de São Paulo no último domingo, João Doria (PSDB), reafirmou nesta segunda-feira que venderá os complexos esportivos do Autódromo de Interlagos e do Estádio do Pacaembu, ícones da capital paulista.
A intenção é colocá-los a venda, junto do Sambódromo do Anhembi, no início de sua gestão, que irá de 2017 a 2020.
De acordo com o administrador de empresas, em entrevista à TV Globo, o parque de Interlagos será preservado e continuará aberto ao público.
“O complexo deverá passar por uma reforma, que o colocará em condições seguras e acessíveis. Porém, ele deverá ser vendido, para que a arrecadação municipal seja destinada a saúde e educação”, afirmou Doria.
O tucano ainda explicou que os complexos administrados pela prefeitura são hoje fontes de prejuízo para os cofres municipais. Ele acredita que com a venda do Autódromo, cerca de R$ 5 bilhões podem ser destinados ao governo da cidade de São Paulo.
A declaração do prefeito eleito gera ainda mais instabilidade sobre o Grande Prêmio do Brasil. O Circuito de Interlagos recebe a prova da Fórmula 1 há 26 anos, e consta como ‘a confirmar’, no calendário da temporada de 2017, divulgado na última semana.
Entretanto, Doria garantiu que o evento irá continuar.
“A Fórmula 1 seguirá acontecendo normalmente, assim como outros eventos que são realizados no José Carlos Pace. Outras provas poderão ser trazidas para cá, mas não serão mais administradas pelo setor público, assim como investimento também virá do campo privado”, declarou.
Quanto ao Pacaembu, o tucano disse que não pretende privatizá-lo por completo, mas sim colocá-lo à disposição em uma concessão. “Teria duração entre 10 a 15 anos, para melhorias no estádio, como acessibilidade e banheiros”, contou, em entrevista à Rádio Bandeirantes.
GE