Durante o Futurecom, evento de telecomunicações realizado em São Paulo durante esta semana, o presidente Michel Temer voltou a defender a necessidade de reforma da Previdência, justificando que o pagamento de pensões e aposentadorias gera um “déficit extraordinário”, com chances de se tornar cada vez pior.
Para Temer, é provável que o brasileiro viva até os 140 anos, causando um rombo nas contas do governo.
“Nós temos que fazer a reforma da Previdência, porque é evidente que os dados da Previdência, que geram um déficit extraordinário, estão pautados por esse período em que o homem vivia até os 60 anos, 65 anos. Hoje ele vive 80 ou mais anos. Daqui a pouco viverá 140 anos. Então é preciso fazer reformulações permanentes no sistema previdenciário”, justificou o presidente.
Dados divulgados pelo Banco Mundial mostram que o brasileiro vive, em média, 74,6 anos, quase a metade do que o presidente acredita que será possível nas próximas décadas.
Temer explicou aos participantes do evento que está lendo “Homo Deus: Uma Breve História do Amanhã”, de Yuval Noah Harari, um livro que explica a evolução da tecnologia e suas consequências.
“Com esta grande evolução tecnológica na medicina, por exemplo, daqui a uns 30, 40, 50 anos é muito provável que o homem viva, o ser humano, viva até os 140, 150 anos. E daí, diz ele, vai mudar tudo. Imagine até a relação de pai para filho, porque alguém que tenha 140 anos vai ter filho 100 ou cento e poucos anos. Então, diz ele, nós precisamos nos preparar para o futuro”, contou Temer.
“Estou mencionando esses livros que acabei de ler, para dizer, interessante, as coisas parecem fantasiosas, mas não são”.
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