Em evento com vereadores na manhã desta quinta-feira, 26, o pré-candidato do PDT à Presidência da República, Ciro Gomes, disse que, se eleito, vai propor reformas estruturais nos primeiros seis meses de gestão. "O tempo da reforma são os seis primeiros meses e vou fazer isso", declarou na 16ª Marcha dos Vereadores.
Ciro pregou que as reformas tributária e previdenciária sejam feitas simultaneamente. O pré-candidato reconheceu que o sistema previdenciário quebrou e disse que, ao invés de resolver o problema na década de 90, "fomos criando puxadinhos".
O presidenciável afirmou que vai propor um novo modelo previdenciário para que haja ao menos um "lapso de sustentabilidade" de pelo menos 10 ou 20 anos. Se as reformas não andarem, vai propor plebiscito popular ou referendo.
Em entrevista, Ciro disse que, ao chegar no Executivo com a força das urnas, vai apresentar imediatamente os projetos de interesse do governo para serem votados no primeiro semestre.
Ainda que tenha a minoria dos parlamentares no Congresso Nacional, Ciro disse que isso não o assusta porque todos os presidentes eleitos no País chegaram no Parlamento sem a maioria, mas que ainda assim "chegaram com poderes imperiais".
Neste clima, o pré-candidato disse que poderá propor "reformas profundas", fazer negociações "no atacado" e que vai se dedicar a consertar as contas públicas.
Aos vereadores, Ciro disse que não é verdade que o Congresso Nacional seja um "pardieiro de pilantras".
Ao ser questionado sobre como seria sua relação com os parlamentares, o pré-candidato disse que, em sua época de deputado federal, um terço dos colegas eram "batedores de carteira", "estupradores, assaltantes e gente da pior categoria", o outro terço de "gente muito séria" e o terço restante de parlamentares que faziam o jogo do Executivo. "Quem é corrupto é o Executivo, é lá que está o dinheiro, as diretorias da Petrobras", concluiu.
NM