A divulgação de uma conversa que mostra o ministro da Cidadania, Onyx Lorenzoni (DEM), e o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS) conspirando para a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta (DEM), gerou um mal-estar na cúpula do DEM.
“A bancada foi muito impactada, criou um ruído muito ruim”, afirmou a VEJA o líder da legenda na Câmara dos Deputados, Efraim Filho (DEM-PB).
Entre os caciques do partido, o incômodo criado por Onyx Lorenzoni deve-se ao fato de a bancada ter manifestado, de maneira pública, apoio irrestrito ao papel desempenhado por Mandetta à frente da Saúde. “Referendamos o trabalho de Mandetta, com apoio irrestrito. Por isso, a crítica pegou mal”, entende Efraim Filho.
Dentro da legenda, uma ala defende a expulsão de Onyx Lorenzoni, mas, na avaliação do líder da bancada na Câmara, essa corrente não deve prosperar.
Após a divulgação da conversa, Efraim Filho conversou com o presidente nacional do partido e prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, e com o ministro da Saúde. “O diálogo com Mandetta foi sereno. Avaliamos o cenário, ele mostrou claro desapontamento com a conduta de Onyx, mas não estava surpreso, já que a relação entre os dois não era boa há um certo tempo”, diz Efraim.
Em conversas com integrantes da bancada, ACM Neto demonstrou descontentamento com o episódio, mas pediu que os parlamentares trabalhem para “reduzir a tensão”. No grupo de WhatsApp do partido, a orientação seguiu linha semelhante: serenidade e foco no futuro – Mandetta e Onyx não se manifestaram.