Há quase três meses, vários governadores e prefeitos das principais cidades do Brasil decretaram medidas de confinamento e distanciamento social obrigatório.
Desde então, empresários de todos os ramos alinhados em maior ou menor escala ao posicionamento do governo federal - contrário ao lockdowns - se posicionaram contra medidas restritivas e a favor da reabertura de comércios e indústrias.
Veja quem são alguns deles, o que foi defendido e se algo mudou após quase 40 mil mortes de brasileiros vítimas do coronavírus.
Junior Durski, dono da rede Madero
Ainda em março, o dono da rede de hamburguerias Madero criticou as limitações para os restaurantes. Disse que o Brasil não podia parar por conta de "cinco mil pessoas ou sete mil pessoas que vão morrer" e que esses números que seriam baixos se comparados com as mortes por homicídio ou desnutrição no país.
Recentemente, afirmou que não quis desmerecer vidas e que, nos pontos já reabertos, as vendas caíram em 25%.
Roberto Justus, empresário e apresentador de TV
Ainda com menos de cem mortos pelo vírus no Brasil, Justus defendeu que havia um exagero nas medidas para contê-lo e que o país estava “dando um tiro de canhão para matar um pássaro”.
Recentemente, o empresário voltou a afirmar que a pandemia não é ‘tão grave” como parece e que será o confinamento o responsável pela crise econômica, não o coronavírus.
Luciano Hang, dono das lojas Havan
Apoiador de longa data do governo Bolsonaro, Luciano Hang disse em março que, com medidas de confinamento, "o dano na economia vai ser muito maior do que na pandemia".
Hang é um dos investigados pelo Inquérito das Fake News, sob a suspeita de que seja um dos principais financiadores de campanhas de desinformação para apoiar o presidente.
Alexandre Guerra, ex-sócio da rede Giraffas
Alexandre Guerra, então sócio dos restaurantes Giraffas, foi um dos primeiros a criticar as medidas de combate à pandemia, afirmando em março que quem estava com medo da Covid-19 "deveria ter medo de perder o emprego". A fala foi mal recebida e Guerra foi "demitido" pelo pai e fundador da empresa, Carlos Guerra.