domingo, 3 de fevereiro de 2013

Planalto já calcula o preço a pagar ao fortalecido PMDB

Sem adversários fortes para ameaçar suas vitórias, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL) foi eleito presidente do Senado, na última sexta-feira, e o deputado Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN) deve ser o escolhido como presidente da Câmara amanhã. 

O Planalto chancelou a opção pelas duas candidaturas em nome da manutenção do PMDB como aliado preferencial dentro da base parlamentar e na campanha presidencial de 2014. 

O governo sabe, porém, que em acordos com o PMDB há sempre um preço a ser pago: Henrique e Renan pretendem lançar suas candidaturas a governador em seus Estados e para isso querem o apoio do PT e da presidente Dilma Rousseff. 

A cúpula do partido também espera manter Michel Temer na vice-presidência com Dilma, quer mais um ministério - o de Ciência e Tecnologia para o deputado Gabriel Chalita (SP) - e ainda reivindicará a cabeça de chapa para o governo de São Paulo, daqui a um ano e oito meses. 

Durante os próximos dois anos, o que inclui o período de campanha presidencial, o PMDB terá farta munição para cobrar essas faturas dentro do Congresso. Os dois novos presidentes da Casa comandarão toda a agenda legislativa e terão o poder para facilitar ou transformar em inferno as pautas que interessam ao governo. 
Estadão

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