O presidente da Associação Brasileira de Peritos Criminais, Bruno Telles, considera uma irresponsabilidade a batalha de laudos produzidos em cima do áudio da conversa entre Michel Temer e Joesley Batista.
Ele sustenta que, hoje em dia, é impossível se realizar uma perícia sem que o gravador usado seja minuciosamente examinado.
“Há gravadores, com normalizadores internos, que podem captar um ruído externo de alta amplitude e transformá-lo num ruído muito semelhante ao de uma edição, por isso não se fazem perícias “de ouvido”, explica.
Temer contratou o perito particular Ricardo Molina para analisar o material. Em entrevista coletiva, ele afirmou que o áudio é “imprestável”.
Molina não passou nem perto do equipamento usado por Joesley.
O presidente da associação da categoria levanta suspeitas sobre a credibilidade de um sujeito contratado pelo investigado. Ele classifica esses profissionais como “pareceristas”, não peritos.
“Não se vê pareceristas dando laudos contrários aos interesses de quem o contratou, é lógico”.
Telles avaliza somente a análise prometida pela Polícia Federal, que não teve início justamente porque ainda não recebeu o gravador.
ROL
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