segunda-feira, 14 de agosto de 2017

Em Natal, loja oferece smart TV por R$ 279 e causa confusão ao dizer que errou preço na etiqueta

A venda de TVs LCD de 55 polegadas em um supermercado na Zona Sul de Natal gerou uma confusão entre consumidores e representantes da loja. 

Aconteceu na tarde deste sábado (12). É que a etiqueta indicava que televisor custava R$ 279. Segundo a loja, o preço estava errado e o certo deveria ser R$ 2.999. 

Como as vendas foram impedidas, o estabelecimento foi autuado e tem 10 dias para se defender. Oito clientes tentaram adquirir as TVs pelo preço da etiqueta. Entretanto, os vendedores impediram a compra assim que perceberam o preço. O Procon foi acionado e autuou a loja. 

Um dos clientes impedidos de fazer a compra foi o administrador de empresas Alan Rodrigo Conceição Alves. Ele contou que os funcionários da loja não deixaram que ninguém levasse as TVs. 

“Um vendedor arrancou a etiqueta da mão de uma mulher, mas ela já tinha tirado uma foto”, relatou. "A loja não vendeu e foi autuada pelo Procon, que deu 10 dias para que o supermercado explique o que houve. Se ficar entendido que nós estamos certos, a loja terá que nos vender pelo preço que foi anunciado. Ou, ainda pode tentar fazer um acordo conosco", disse Alan. 

A etiqueta indicava o preço de R$ 279, com possibilidade de ser dividido em até 10 vezes sem juros, ou em 24 vezes com acréscimo. 

O coordenador geral do Procon, Cyrus Benavides, afirma que, por lei, os consumidores têm o direito de levar o produto com o preço em acordo com o que é exibido na loja. Ele afirma que os fiscais do Procon foram ao local e ordenaram que o supermercado cumprisse a lei. Apesar disso, a empresa se negou. 

Nesse caso, o órgão lavra um flagrante, indicando que o estabelecimento cometeu oito infrações - número correspondente à quantidade de pessoas que se disseram prejudicadas. Em seguida, é aplicada uma multa de acordo com o faturamento da empresa. “Nesse caso, deve girar em torno de R$ 500 mil”, estimou Benavides. 

O coordenador do Procon orienta que as pessoas que se sentirem lesadas na situação ainda podem procurar o Juizado Especial para tentar efetivar a compra. 
G1-RN

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