O Parque da Cidade Dom Nivaldo Monte deu início na tarde desta segunda-feira (19), à Semana Nacional de Ciência & Tecnologia, onde vários trabalhos científicos relacionados ao meio ambiente estão sendo apresentados.
A Mesa Redonda de abertura contou com as presenças de especialistas que estudam a qualidade do ar em Natal e as Políticas Públicas que podem ser implantadas para preservar o meio ambiente.
Coordenada pelo prof. dr. Jean Leite Tavares, do IFRN, e tendo como palestrantes o prof. dr, Glauber Fernandes, representando o CTGás; Eiblyng Menegazzo, superintendente da Fetronor; da profª Judith Hoelzemann, do Departamento de Ciências Atmosféricas da UFRN e PhD em Quimica da Atmosfera, e do prof. dr. Alexsandro Ferreira Cardoso da Silva, da UFRN, a Mesa Redonda debateu o assunto em várias vertentes e que migram para um só assunto: O ar da cidade de Natal.
Glauber Fernandes apresentou o resultado do trabalho de pesquisa sobre a qualidade do ar em Natal, baseada em estudos feitos com o equipamento DOAS, um método utilizado para determinar as concentrações de gases, medindo as suas estruturas específicas de absorção, cujos equipamentos estão instalados desde, no Parque da Cidade.
De acordo com Glauber, estão sendo monitorado um conjunto de parâmetros com o equipamento em relação a gases poluentes como o ozônio, So² e No², que estão presentes na atmosfera. “O que varia é a concentração deles, a quantidade que eles podem estar se apresentando em cada ponto, em cada região”, afirmou.
O estudo será estendido em outras regiões da cidade para que a equipe de estudiosos possa ter uma avaliação mais ampla.
Segundo o pesquisador, o ar de Natal não tem grandes problemas de poluição, seria um ar de relativa qualidade conforme os resultados preliminares, já que a análise foi feita em um período curto (junho a julho).
“Em alguns horários podem ocorrer uma variação da concentração desses gases poluentes, em função da incidência solar ou em função de fluxo de veículos”, admite.
Para ele, é importante, também, levar em consideração os pontos de maior aglomeração urbana, as regiões de maior tráfego de veículos, considerando veículos de transporte de cargas e de passageiros, além das características de relevo. “Por isso, é necessário uma abordagem multidisciplinar já que a geografia, de uma forma geral, pode apresentar locais ou regiões que venha a ter maior concentração ou menor dispersão desses poluentes”, explica.