O 266º papa da igreja católica, Jorge Mario Bergoglio, é o primeiro pontífice nascido num país em desenvolvimento a ser escolhido para liderar católicos de todo o mundo.
O novo pontífice, que escolheu ser chamado de Francisco, é um jesuíta que era arcebispo da Arquidiocese de Buenos Aires desde 1998.
O papa Francisco enfrentará a difícil tarefa de conter as divisões na hierarquia da igreja, ao mesmo tempo em que atende aos 1,2 bilhões de fiéis da igreja católica apostólica romana.
O novo pontífice tem ampla experiência pastoral na Argentina, mas não está claro quanta influência tem na Cúria romana, o órgão administrativo do Vaticano, já que não tem uma posição de destaque na Cúria.
O novo papa, que tem 76 anos, foi eleito pelos 115 cardeais no segundo dia de votação. Nascido em Buenos Aires, o novo pontífice foi ordenado padre jesuíta em 1969. Ele se tornou bispo em 1992 e, seis anos mais tarde, foi nomeado arcebispo de Buenos Aires.
Bergoglio tornou-se cardeal em 2001, pelo papa João Paulo II.
Pessoas ligadas a Bergoglio dizem que ele evita as ostentações de um cardeal e prefere ser chamado de "padre Jorge" em vez do título formal de "cardeal" ou "sua eminência".
Ele é conhecido por viajar para paróquias e igrejas em ônibus de linha ou de metrô, vestido como um padre comum.
Na língua da Igreja na Argentina ele é um "pastor, não um príncipe". Ele buscou uma igreja que olhasse para o mundo exterior ao invés de uma igreja que se fecha em si mesma dentro de templos.
Bergoglio tem sido um defensor dos padres que trabalham em favelas - conhecidas como "villas" na Argentina - que cercam a capital Buenos Aires.
Ao mesmo tempo, ele tem uma visão ortodoxa dos temas sociais, como o casamento gay, aborto e eutanásia.
Em 2010, Bergoglio se opôs fortemente à lei que autorizou o casamento gay na Argentina. Em seu primeiro discurso como papa da sacada do Vaticano, dirigido aos fiéis reunidos na Praça São Pedro, Bergoglio disse que os cardeais "foram ao fim do mundo" para encontrar o novo papa.
Ele pediu aos fiéis que rezem por ele e depois abençoou a multidão.
Estadão