Os brasileiros associam felicidade mais com bem-estar físico e emocional e à convivência social do que aos aspectos financeiros e à posse de bens. Os dados foram revelados pela pesquisa realizada pelo Instituto Akatu para a semana do Dia Mundial do Consumidor.
Dois terços dos entrevistados indicaram que estar saudável ou ter sua família saudável é um fator essencial para a felicidade.
Já 60% acreditam que conviver bem com a família e os amigos também os aproximam mais da felicidade. Somente 30% dos brasileiros incluíram tranquilidade financeira em suas respostas.
De acordo com o diretor-presidente do Akatu, Helio Mattar, ser feliz não está relacionado com aumento de consumo. As pessoas procuram, principalmente, “trabalhar pela saúde e prover condições para o verdadeiro bem-viver, com suficiência material e tempo para desfrutar a vida em companhia dos amigos e familiares, num ambiente seguro e acolhedor”, conclui.
Desejos
Quando pedido para priorizarem seus desejos, os entrevistados se mostraram fortemente atraídos pelo caminho da sustentabilidade, uma vez que dos oito temas propostos – sendo eles afetividade, alimentos, água, mobilidade, durabilidade, energia, resíduos e saúde –, as pessoas preferiram as alternativas mais ligadas ao caminho da sustentabilidade do que as ligadas ao do consumismo.
Em uma escala de 0 a 10, a escolha "passar tempo com as pessoas" atinge um índice de 8,3, mostrando que a afetividade destaca-se como fator que possui maior diferença entre os que preferem o cenário mais sustentável. Já "comprar presentes" ficou com 2,6.
Qualidade de Vida
Em relação aos cenários do caminho sustentável, os temas alimento, água e mobilidade são os que mais se destacam. Sendo que a qualidade de vida, expressa por "alimentos saudáveis", "uso racional da água" e "boa mobilidade", é mais valorizada do que o modo consumista tradicional, de "alimentos práticos", "uso irresponsável da água" e ter "carro próprio".
As escolhas relacionadas à mobilidade, como "se deslocar pela cidade com rapidez", "segurança", "conforto" e "flexibilidade" alcançou um índice de 7,9, enquanto ter carro próprio obteve apenas 4,9.
Saúde
Nas questões relacionada à saúde, em que as opções eram "ter um bom plano de saúde" ou "ter um estilo de vida mais saudável", houve prevalência da alternativa mais relacionada ao consumo.
Para Mattar, os dados parecem revelar não uma preferência pelo modelo consumista, mas sim uma preocupação com a precariedade do sistema de saúde. ”E, mais ainda, uma atitude que prioriza a segurança, pois a garantia de assistência médica em caso de necessidade vai ao encontro da primeira prioridade dos brasileiros quando pensam em sua felicidade: ter saúde”, explica.
InfoMoney