A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) considerou que o novo aumento da taxa básica de juros (Selic), em 0,5 ponto percentual, para 8% ao ano, anunciado na noite desta quarta-feira (29) pelo Banco Central, reduzirá a capacidade de crescimento da economia brasileira.
“É preciso quebrar paradigmas, o Brasil precisa de um choque de competitividade, investimento e produção, e não da mesmice do aumento de juros”, disse o presidente da Fiesp, Paulo Skaf que usou ainda o baixo desempenho da economia no primeiro trimestre como argumento.
Segundo Skaf, a divulgação feita hoje de que nos primeiros três meses do ano a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) foi apenas 0,6% fez com que a Fiesp revisasse a previsão de crescimento para o ano de 2,5% para 2%.
A Força Sindical também desaprovou o aumento da Selic.
“A decisão acende o sinal de alerta para os trabalhadores porque, embora os índices mostrem bom nível de emprego, elevar a taxa Selic contribuirá para a redução de investimentos no setor produtivo, obrigando o governo a pagar mais juros para investidores. A consequência será menos recursos para investir em programas sociais”, diz o comunicado assinado pelo presidente da central sindical, Paulo Pereira da Silva.
Agência Brasil