“Agora estou tentando salvar a vida dele.” A afirmação é do autônomo Maurílio Martins Araújo, amigo de Jac Souza dos Santos de 30 anos que mantém refém um funcionário do Hotel Saint Peter, no centro de Brasília.
O estabelecimento foi esvaziado no início da manhã desta segunda-feira (29).
De acordo com Maurílio, Jac mora em Combinado, a 520km de Palmas, com a mãe e não é casado.
Na cidade, eles têm uma propriedade rural, avaliada em R$ 60 mil, segundo declaração feita ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Em 2008, concorreu a vereador no município, mas não foi eleito.
Depois, Jac foi secretário municipal de Agricultura na gestão 2009/2012 e atualmente trabalha na campanha eleitoral para candidatos a deputados federal e estadual do Tocantins.
“No sábado (27), ele foi na minha casa e disse que ia para Brasília, mas que voltava no domingo (28). Ia resolver a situação da filha dele. Ele até pegou R$ 60 comigo”, diz Maurílio, contando que o homem tem uma filha de 5 anos que mora em Brasília.
"A mulher foi grávida para lá [Brasília]", confirmou o amigo.
Maurílio conta que Jac é uma boa pessoa, bem relacionado na cidade e que todos estão assustados com a situação. “É uma pessoa boa, não gosta de beber”, diz, acrescentando que a família ficou sabendo da situação pela televisão.
“Ele deixou uma carta para um amigo em comum no sábado para entregar para a mãe dele e para mim. A carta da mãe parecia despedida, só loucuras, barbaridades. Para mim, ele deixou a relação de contas para pagar.”
Segundo Maurílio, a mãe contou que a família do pai, que é falecido, possui histórico de problemas psicológicos.
O amigo diz que a mãe não sabia que o filho tinha ido para Brasília. Para ela, o homem teria dito que iria para Palmas.
“Já falamos com o delegado de Brasília, de Palmas, falamos com a Polícia Federal. Queremos preservar a vida dele, diz, complementando: “A mãe está chocada, parece que ele é o filho caçula”, ressalta Maurílio, dizendo que a família está decidindo se alguém seguirá para Brasília.
G1