O governador eleito Robinson Faria, do PSD, afirmou na manhã de hoje que não nomeará “ficha suja” para o seu governo e que cumprirá o compromisso anunciado reiteradas vezes de que o seu governo será eminentemente técnico. Em entrevista à InterTV Cabugi, Robinson Faria falou sobre prioridades e vários outros assuntos e ações que pretende implementar, enfatizando ainda que vai dar um choque de gestão nos setores de segurança pública e de saúde do Estado, que considera os mais vulneráveis e de maior clamor popular.
Pretende inicialmente colocar mais policiais nas ruas, inclusive examinar a possibilidade de convocar concursados para aumentar o efetivo da polícia e iniciar imediatamente um processo de valorização através do cumprimento das conquistas das categorias, civil e militar.
Em contato com O Jornal de Hoje, Robinson explicou que a atitude de não nomear políticos condenados por corrupção faz parte de um compromisso assumido durante a campanha no sentido de realizar um governo inovador. “A inovação de um governo começa pelas atitudes e quem tiver ficha suja não irá ocupar cargo no meu governo. É uma medida moralizadora para termos um governo transparente e composto por pessoas de perfil técnico e conduta ilibada. É o que a sociedade espera”, explicou.
Nas suas visitas aos municípios do Rio Grande do Norte o governador eleito disse ter constatado, através de depoimentos de pessoas simples e autoridades municipais, problemas de violência de todos os tipos, como assaltos, explosão a caixas eletrônicos, arrombamentos de residências e estabelecimentos comerciais em praticamente todos os municípios do Estado.
Robinson afirmou que “durante a campanha política viajei por todo o Estado e constatei que o maior clamor popular é a falta de segurança. Vou exigir uma resposta imediata nesse setor, mas, para que isso aconteça, temos que valorizar as categorias policiais e oferecer condições de trabalho para que a resposta seja imediata. Prometi prioridade para a segurança e vou ser o governador da segurança”, reiterou o governador eleito, destacando, também, a determinação de priorizar o setor de saúde pública, considerado por ele como precário nos mais simples procedimentos.
“Uma das providências para o setor de saúde será melhorar os Hospitais Regionais visando oferecer condições de atendimento e tendo como consequência evitar a vinda de pacientes para lotar os hospitais da capital”, observou Robinson, informando que, com relação à saúde, as equipes de transição vão se reunir hoje com o atual secretário de Saúde, Luiz Roberto Fonseca, para que o futuro governo tenha um diagnóstico da situação.
PLANEJAMENTO E ECONOMIA
Questionado durante entrevista à Intertv Cabugi se o governo terá dinheiro para cumprir os inúmeros compromissos que estão sendo anunciados, o governador eleito Robinson Faria afirmou que “no momento em que vivemos não cabe mais improviso nem amadorismo. Tudo tem que ser planejado. Vamos planejar e poupar recursos públicos diminuindo despesas com carros alugados, diárias e gastos supérfluos. Feito isso, haverá recurso para oferecer melhores serviços à população norte-rio-grandense”, ressaltou, acrescentando também a importância que terá o servidor público para ajudar o governo nesse momento de dificuldade que vive o Rio Grande do Norte.
“Sou uma pessoa de diálogo e com o servidor e pretendo fazer uma pactuação. O funcionalismo não é responsável por essa situação de dificuldade que está aí. Certamente os servidores serão valorizados e darão sua contribuição para melhorar a vida de todos”, disse ele, acrescentando que trabalhará forte para colocar o pagamento da folha de pessoal em dia.
ATENÇÃO AO TURISMO
De acordo com o futuro governador, a cadeia produtiva do turismo será fomentada para gerar emprego e renda para a população.
Ele também anunciou que vai criar condições para atrair empresas e indústrias para o Estado, oferecendo segurança jurídica, agilidade na concessão de licença ambiental e diminuição da burocracia, o que, segundo Robinson, está dificultando o desenvolvimento do Estado. Ele concluiu anunciando que irá “criar a Central do Empreendedor”, para facilitar a vida de quem tem ou quer abrir um empresa no Estado