Se há alguém que deve estar rindo à toa com os números, digamos, espetaculares das finanças da campanha que garantiu a reeleição a Dilma Rousseff, é o marqueteiro João Santana.
Dos 350 milhões de reais em gastos declarados pela presidente em 2014, um recorde para qualquer pleito no país, 70 milhões de reais foram diretamente para a conta da empresa do marqueteiro, a Pólis Propaganda.
Outros 8 milhões de reais foram repassados à empresa por meio do diretório nacional do partido. Não se sabe o quanto disso é, de fato, lucro próprio, mas significa nada menos que 20% dos gastos totais da campanha da presidente.
Em 2010, o marqueteiro havia abocanhado “apenas” 42 milhões de reais. Mas o bolo despendido por Dilma também era menor: 194 milhões de reais.
No fim das contas, exceto pelos 8 milhões de reais pagos pelo PT, a proporção da fatia de Santana na conta de Dilma se manteve igual entre um pleito e outro.
Mas o trabalho certamente foi maior. Na eleição mais suja das últimas décadas, o marqueteiro não economizou na artilharia. E venceu a guerra.
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