Um dos principais jogadores da história do basquetebol brasileiro, Oscar Schmidt finalmente se pronunciou a respeito da polêmica palestra que fez em uma faculdade particular de Caruaru (PE), no último domingo.
Em entrevista concedida na noite desta quinta-feira ao programa Agora é Tarde, da TV Bandeirantes, o ídolo atacou a organização do evento, defendeu-se das críticas e ainda lamentou ter sido “linchado” por parte da imprensa e do público durante esta semana.
“Eu esperei uma semana para falar. Li muitas coisas… aliás, absurdas, que escreveram sobre mim. Estão me linchando”, disse Oscar, antes de começar a justificar o nervosismo que demonstrou durante a palestra – alunos chegaram a afirmar que ele humilhou a plateia com palavrões e insultos.
“Todos nós somos culpados e vítimas: tanto o povo que se retirou, que me vaiou, quanto eu como palestrante. Mas quem eu não posso deixar de culpar são os organizadores da festa, que por sinal, de festa não teve nada”, acrescentou o ex-jogador.
Oscar revelou a Rafinha Bastos, apresentador do programa Agora é Tarde, que teve problemas para conectar o seu laptop no local da palestra e que também enfrentou dificuldades com o microfone. Isso tudo, segundo ele, foi provocando sua irritação. “Eu sempre tenho os melhores equipamentos, sempre estou me atualizando neste aspecto”, disse. “Eu nem lembro quando foi a última vez que fiz uma palestra com microfone de mão, porque o meu microfone sempre funciona”, completou, lamentando o fato de ter que usar um equipamento mais antigo na palestra.
Outros fatos aumentaram o desconforto de Oscar na palestra, segundo ele. Primeiro, o atraso. “Eles (organizadores) marcaram 15h45 comigo no hotel, mas foram me pegar 17h15”, contou.
Depois, a infraestrutura da faculdade – que o fez entender parte da irritação da plateia. “O povo é vítima, porque ficou lá o dia todo esperando em uma sala sem ventilação. Estava todo mundo se abanando, o que é culpa dos organizadores”, criticou.
Por último, a atitude de dois diretores da faculdade, que, segundo Oscar, lhe deixaram sozinho no palco enquanto os problemas técnicos se sucediam. “Foi como se eles tivessem dito: ‘deixa esse c… aí fazer a merda dele”, afirmou o craque.
Oscar, porém, fez questão de minimizar a revolta da plateia de cerca de duas mil pessoas que foi prestigiar a sua palestra. Ele deixou a entender que, no fim, o seu saldo com o público foi positivo. “Quinhentas pessoas foram embora, mas 1500 ficaram. E cantaram o hino nacional (há, na palestra, um vídeo que mostra a premiação dos Jogos Pan-Americanos de 1987) sem música. E me aplaudiram de pé no final. Isso não saiu em lugar nenhum (da imprensa)”, defendeu-se.
“Esse foi um dia para esquecer na minha vida, porque eu fui linchado desde então. Não matei ninguém, não roubei ninguém e, sobretudo, não xinguei ninguém”, decretou.
Terra
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