Os dados da Pesquisa Nacional por Amostra Domiciliar(Pnad) do IBGE confirmam a tendência que aqui e em muitos outros lugares tem sido motivo de alerta para o fato de que estamos nos tornando o país do “bico”.
Alem de não haver queda no nível de ocupação – que se manteve nos estratosféricos 12,2%, em um ano, quem acha trabalho trocou os direitos e garantias da carteira de trabalho assinada por ocupações autônomas, informais ou não.
Há hoje 33,296 milhões de pessoas com carteira assinada no país. Eram 36,666 milhões em meados de 2014, ou quase 3,4 milhões a mais.
Já os trabalhadores “por conta própria, que naquela data eram cerca de 21 milhões, agora são 23,2 milhões, ou 2,2 milhões a mais.
Os empregados sem carteira assinada tiveram rendimento médio de R$ 1.179, enquanto o “por conta própria” recebeu R$ 1.567.
Contra R$ 2.090 dos que tinham carteira assinada.
É óbvio que isso não é “empreendedorismo”, mas precarização da relação de trabalho.
É bico.
TJL