segunda-feira, 27 de abril de 2020

LETALIDADE ALTA

O Ministério da Saúde informou que cinco estados brasileiros apresentam taxa de letalidade maior do que a média nacional, de 6,8%. 

São eles: Paraíba (9,8%), Rio de Janeiro (9,1%), Pernambuco (8,5%), São Paulo (8,2%) e Amazonas (7,9%). O dado calcula o número de mortes entre os pacientes infectados pela doença. 

A sub notificação de casos e a falta de testes em grande escala tendem a elevar a taxa. O estado com menor índice de letalidade é Roraima, 1%, com 401 infectados e quatro mortes confirmadas. 

Ainda segundo o último boletim divulgado pela pasta, 1.322 óbitos estão sob investigação para saber se foram ou não causados pela Covid-19.

Após demissão, Moro deixa de seguir Bolsonaro nas redes sociais

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro estreou nas redes sociais, mais especificamente no Twitter, há um ano por influência de seu chefe na época, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Com a demissão de Moro, o rompimento entre os dois chegou às redes sociais, ainda que parcialmente. Moro deixou de seguir Bolsonaro tanto no Twitter quanto no Instagram. Já o presidente ainda acompanha os perfis de seu ex-ministro. 

Apesar do unfollow, Moro não tem ignorado as postagens de seu ex-chefe. No sábado (25), o ex-ministro respondeu a uma provocação de Bolsonaro sobre ingratidão. 

Neste domingo (26), reclamou que é vítima de campanha de fake news. Os dois políticos adotam estratégias diferentes nas redes sociais. Bolsonaro (seguido por 6,5 milhões de perfis no Twitter e 16,4 milhões no Instagram) faz dessa arena um local de debate com os seguidores e ataque aos opositores. 

Já Moro (2,9 milhões de seguidores no Twitter e 3 milhões no Instagram) não interage com seus seguidores e usa as redes de maneira mais protocolar, ainda bastante ligado à linguagem jurídica. 

No Instagram, o ex-ministro segue apenas três perfis: sua esposa, o instituto que ela dirige e o Ministério da Justiça. Já no Twitter, ainda segue ministros, até mesmo aqueles que se manifestaram por Bolsonaro na disputa entre os dois, como Damares Alves, da Família e Direitos Humanos. 

Já o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que o chamou de “traíra” e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), de quem é padrinho de casamento mas também está rompido, Moro não segue.

O recado para Regina

Regina Duarte voltou a ser achincalhada por seu subordinado, Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares. Ele disse no Twitter: 

“Quem nomeia esquerdistas no governo Bolsonaro deveria ter vergonha na cara, retirar-se com sua turma e tentar voltar somente em 2022 por meio do voto! Se é um recado para a atriz? Sim!”

“Eu já estava engasgado com Bolsonaro”

Em sua entrevista ao Globo, Carlos Fernando dos Santos Lima, ex-coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, disse que foi correta a atitude de Sergio Moro de sair do governo Jair Bolsonaro. 

“Me surpreendi que ele não tenha saído antes. Creio que ele se sentiu sendo manietado nesse ano e pouco que ficou lá, mas ainda tentava fazer alguma coisa boa. Chegou um momento em que não havia mais ambiente para isso”, afirmou. 

“Eu já estava engasgado com Bolsonaro desde o episódio do Coaf, porque tenho uma consideração enorme pelo Roberto Leonel (ex-presidente do Coaf) e achei que a condução daquele episódio já mostrava que não havia um compromisso (do presidente) com o combate à corrupção. O compromisso ali era a proteção aos filhos, não é?”

domingo, 26 de abril de 2020

O ‘PAC do Marinho’

O plano Pró-Brasil, que pretende impulsionar a retomada do país com investimentos públicos, é visto como bomba fiscal pela equipe de Paulo Guedes. 

Um dos principais articuladores do plano é o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, agora desafeto do ministro da Economia. 

Segundo o Estadão, Guedes e sua equipe batizaram o projeto de “PAC do Marinho”, em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento do governo Dilma Rousseff.

Mourão, Moro e Mandetta

O general Hamilton Mourão, se assumisse o Palácio do Planalto, poderia chamar de volta Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta. 

O combate à epidemia de Covid-19, que vai ditar os rumos do Brasil até 2022, exige isolamento social e isolamento dos corruptos, além do resgate da economia.

“Uma linha intransponível”

“A decisão de sair do governo caso o presidente insistisse em interferir na Polícia Federal já estava tomada por Moro desde o fim de semana”, diz Renato Onofre. 

“O ex-ministro da Justiça já havia avisado assessores e subordinados próximos, entre eles o próprio Maurício Valeixo, então diretor-geral da PF, que a interferência no órgão era uma linha intransponível e não aceitaria que o presidente a cruzasse.” 

Maurício Valeixo poderá confirmar isso no inquérito do STF, assim como todos aqueles que testemunharam as manobras de Jair Bolsonaro.

PENSANDO BEM

...só falta a Bolsonaro seguir o exemplo de Sergio Moro, durante a Vazajato, e jurar que não reconhece as mensagens atribuídas a ele.

Boninho diz que sofreu com saída de Babu e descarta 'Lavanderia' este ano

José Bonifácio Brasil de Oliveira, o Boninho, diretor do Big Brother Brasil 20, usou suas redes sociais para responder algumas perguntas de internautas na madrugada deste domingo (26), após a eliminação do ator Babu Santana, 40, do programa. 

Boninho afirmou que sofreu muito com a eliminação, a última desta edição, que termina na segunda-feira (27). 

O diretor chamou Babu de um "doce ogro" e confessou já ter chorado muitas vezes durante o programa deste ano: "Mas não vale, choro por qualquer coisa". 

Neste sábado (25), Babu foi eliminado com 57,17% dos votos, em seu décimo Paredão. Assim, ficaram para a grande final a cantora Manu Gavassi, 27, a influenciadora Rafaella Kalimann, 27, e a médica Thelma Assis, 35. A vencedora do programa levará o prêmio de R$ 1,5 milhão.

Bolsonaro alfineta Moro e Globo: "Entregou prints para qual TV?"

O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) alfinetou a TV Globo e o ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro, na madrugada deste domingo (26), em resposta a um apoiador em sua página no Facebook. 

O seguidor comentou um vídeo do empresário Luciano Hang, publicado por Bolsonaro, pedindo desculpas "por ter por um instante de dúvida do seu caráter em relação ao ex-ministro Sergio Moro, que agiu pelas costas e sem provar nada que o incriminasse". 

Bolsonaro respondeu: "À noite ele entregou prints para qual emissora de TV?", sugerindo que o apoiador deva duvidar do caráter de Moro, não dele. 

O presidente tem péssima relação com a Globo e critica publicamente o jornalismo da emissora. Nas últimas semanas, apoiadores de Bolsonaro têm invadido links e atacado repórteres durante a cobertura da pandemia de coronavírus.

sábado, 25 de abril de 2020

Covid-19: mais de 4 mil mortes no Brasil

O Brasil teve 346 mortes notificadas por Covid-19 nas últimas 24 horas –, totalizando 4.016 vítimas fatais da doença.

Segundo o Ministério da Saúde, o número de infectados chegou a 58.509. 

O número de mortes é pouco menor do que o de ontem, quando foram registrados 357 óbitos. 

Veja os dados por estado:


Paulo Guedes se solidariza com pedido de demissão de Sergio Moro, diz revista

O ministro da Economia, Paulo Guedes, se solidarizou com o ex-ministro Sergio Moro após seu pedido de demissão da pasta da Justiça e Segurança Pública, publicou o site da revista Época neste sábado (25). 

Segundo o colunista Guilherme Amado, Guedes afirmou que entende a decisão do agora ex-colega, de quem era muito próximo. O jornalista ainda publicou que os dois desabafavam entre si sobre os arroubos do presidente Jair Bolsonaro. 

Durante o pronunciamento do presidente, horas após Moro anunciar sua demissão e acusar o presidente de tentar interferir politicamente no comando da Polícia Federal, era visível o desconforto de Guedes ao lado de outros ministros. 

Com um sapato azul no mesmo tom do tapete e único a usar máscara como prevenção ao coronavírus, ele deu dois aplausos tímidos ao final do discurso, em contraste com os gritos de apoiadores.

Outro sinal de desgaste foi a ausência do ministro no lançamento do Pró-Brasil, programa de estímulo à economia após a pandemia, na última quarta. O ministro-chefe da Casa Civil, Braga Netto, negou qualquer animosidade entre Guedes e Bolsonaro

Provando do próprio veneno

Depois que o Jornal Nacional mostrou a troca de mensagens entre Jair Bolsonaro e Sergio Moro na qual o presidente pede interferência na investigação de deputados aliados, bolsonaristas passaram a atacar o ex-ministro da Justiça e agora tentam desqualificá-lo nas redes sociais. 

A revelação de mensagens entre um ministro do governo Bolsonaro e o presidente, vale lembrar, também foi usada por Carlos Bolsonaro em fevereiro do ano passado para demitir Gustavo Bebianno da Secretaria Geral da Presidência. 

O filho 02 de Bolsonaro, na época, afirmou que era uma “mentira absoluta” que Bebianno teria conversado com o presidente por telefone durante sua internação no hospital Albert Einstein.

O pedido impossível de Bolsonaro para Valeixo

Em seu pronunciamento após a saída de Sergio Moro do governo federal, Jair Bolsonaro queixou-se de que seus pedidos à Polícia Federal não foram atendidos. 

Uma das reclamações foi a de que Maurício Valeixo, então diretor-Geral da PF, não deu prosseguimento à investigação sobre os advogados de Adélio Bispo de Oliveira. 

Vale lembrar que em outubro do ano passado o TRF-1 votou a favor do envio ao STF da ação que discutia a legalidade das buscas no escritório do advogado Zanone Manuel de Oliveira Júnior, que representava Adélio Bispo. 

O julgamento foi suspenso após pedido de vista. Com isso, a Polícia Federal ficou impossibilitada de poder analisar o material apreendido nos endereços ligados a Zanone Júnior, para descobrir, por exemplo, quem financiou a defesa de Adélio.

MORO SAI DO GOVERNO PARA SUBIR NO PALANQUE

A saída de modo espetacular Sérgio Moro do cargo, com direito a pronunciamento em rede nacional, utilizando palavras cuidadosamente escolhidas com uma frase final que mais parece obra de marqueteiro político – “Fazer o certo, sempre” – conduziram as forças políticas de Brasília a concluírem que o ex-ministro da Justiça começou nesta sexta-feira (24) sua campanha a presidente da República, em outubro de 2022.

Deslocamento de flutuante afeta abastecimento de Jucurutu

O aumento do volume de água no rio Piranhas deslocou a captação flutuante da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern), em Jucurutu. O equipamento é responsável pelo abastecimento da cidade. 

A Caern tomará as medidas necessárias para a manutenção corretiva, a previsão é que o serviço seja finalizado no próximo sábado (02). O sistema Adutor Serra de Santana, também, passa por manutenções. 

A previsão é que na quinta-feira (30) a cidade de Jucurutu seja abastecida através desse outro sistema. A completa normalização do abastecimento de Jucurutu, ou seja, para que todos os imóveis estejam abastecidos se dará até o sábado (02).

Governo isenta ICMS em conta de energia para população de baixa renda

O Governo do Estado irá abrir mão do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) incidido na conta de energia elétrica da população de baixa renda. 

A renúncia fiscal custará em torno de R$ 10,5 milhões ao cofre estadual nos três meses vigentes, entre 1º de abril e 30 de junho. 

“Este é mais um esforço que o Governo do Estado faz para amenizar os efeitos econômicos provocados pelo novo coronavírus à população em situação social mais vulnerável. Será mais uma perda de receita que o Executivo arcará, em um estado que já estava em crise financeira antes mesmo da pandemia, mas é preciso olhar pelos mais carentes”, destacou a governadora Fátima Bezerra.  

O ICMS corresponde a 18% da taxa de energia elétrica. Esse é o percentual que cabe ao Estado na Tarifa Social do Governo Federal. 

Essa Tarifa concede descontos escalonados conforme o consumo de energia, mas durante a pandemia, isentou em 100% esse pagamento para toda uma faixa de renda populacional, abarcando também o percentual de arrecadação dos Estados da Federação. 

Os requisitos ao benefício da Tarifa Social são definidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). 

A família deve estar inscrita no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e ter renda familiar mensal menor ou igual a meio salário mínimo. 

Também podem ser beneficiados idosos com 65 anos ou mais ou pessoas com deficiência que recebam o Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social.

A GRANDE APOSTA

Foi por meio de um estudo vazado nas redes sociais que o remdesivir, remédio já usado nas epidemias de Mers e ebola, surgiu como esperança de cura para pacientes com Covid-19. 

Os primeiros estudos internacionais, embora inconclusivos, dão fortes sinais rumo a um tratamento eficaz da infecção causada pelo novo coronavírus. 

Em um teste realizado com 125 doentes nos EUA, muitos tiveram a febre diminuída rapidamente, alguns saíram dos ventiladores no dia seguinte e dois morreram. Em paralelo a isso, a corrida por uma vacina continua. 

Atualmente 70 vacinas estão em desenvolvimento pelo mundo. Pesquisadores ingleses apostam até em um imunizante já em setembro.

sexta-feira, 24 de abril de 2020

Bolsonaro demite diretor-geral da PF e Moro avalia deixar governo

O presidente Jair Bolsonaro oficializou nesta sexta-feira a demissão do diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo, nome de confiança do ministro Sergio Moro para o cargo.

 A possibilidade de sua demissão gerou uma crise na quinta entre Bolsonaro e Moro, que ameaçou deixar o cargo caso Valeixo fosse exonerado. 

O ministro não foi avisado por Bolsonaro que a demissão de Valeixo seria efetivada e, segundo interlocutores, avalia pedir demissão diante do cenário. 

O decreto da saída de Valeixo não foi formalmente assinado por Moro, apesar de seu nome constar no decreto.

Isso indica que a discordância entre os dois se ampliou e agravou a crise política iniciada nesta quinta.

Bolsonaro exonera diretor-geral da PF, Maurício Valeixo

O diretor-geral da Polícia Federal (PF), Maurício Leite Valeixo, foi exonerado do cargo nesta sexta-feira (24). 

A exoneração ocorreu a pedido, segundo decreto assinado pelo presidente Jair Bolsonaro e pelo ministro da Justiça, Sergio Moro, e publicado no "Diário Oficial da União" desta sexta-feira (24). 

Na quinta, Moro havia dito ao presidente que pediria demissão se Valeixo fosse demitido, segundo informaram as colunistas do G1 e da GloboNews Cristiana Lôbo, Andreia Sadi e Natuza Nery. 

Oficialmente, o Ministério da Justiça nega que Moro tenha chegado a pedir demissão. 

Questionado por apoiadores no fim da tarde, ao chegar à residência oficial do Palácio do Alvorada, Bolsonaro não respondeu.