quarta-feira, 29 de abril de 2020

Guedes ameaçou sair por causa de plano de Marinho

Na reunião de ontem com Jair Bolsonaro, no Palácio do Planalto, o ministro Paulo Guedes disse que o presidente teria que fazer escolhas. 

E deixou claro que “não teria mais como ajudar o governo”, caso Bolsonaro optasse pelo plano de Rogério Marinho, que apavorou o mercado com gastos extrateto de R$ 300 bilhões – para turbinar uma nova versão do PAC e do Minha Casa Minha Vida. 

O presidente disse que o ministro poderia ficar tranquilo e, logo depois, reafirmou publicamente que é Guedes quem manda na economia.

Bolsonaro sobre o recorde de mortes por Covid-19: ‘E daí?’

Jair Bolsonaro foi questionado agora à noite por repórteres, na entrada do Alvorada, sobre o número recorde de mortes por Covid-19 no Brasil, registrado nesta terça-feira (28). 

“E daí? Lamento, quer que eu faça o quê? Eu sou Messias, mas não faço milagre”, respondeu o presidente.

PIANTELLA ACABOU

Mais tradicional restaurante de Brasília, o Piantella fechou as portas de vez. 

Suas mesas foram espaço de articulações e conchavos que criaram e resolveram muitas crises políticas, mas não resistiu ao coronavírus.

Solidariedade Caicó institui Secretaria do Movimento Sindical na semana do trabalhador

A reorganização do Solidariedade Caicó passa pela ativação das secretarias temáticas do partido, e uma delas é a Secretaria do Movimento Sindical.

O objetivo da Secretaria visa o fortalecimento pautado na busca do crescimento econômico sustentável por meio da inclusão social e da defesa dos direitos dos trabalhadores. A nova secretaria será coordenada pela professora Lucinete Costa. 

“Nesta semana em que comemoramos o Dia do Trabalhador (1° de maio) e a Semana Nacional em Defesa e Promoção da Educação Pública, é simbólico o gesto do Solidariedade Caicó de instituir a Secretaria do Movimento Sindical. Buscaremos dialogar com a sociedade sobre a importância da união e organização dos trabalhadores e trabalhadoras por seus direitos, por valorização, respeito ao ser humano e buscar condições dignas de trabalho para todos nós”, destaca a secretária. 

Lucinete Costa é sócia fundadora do SINTE-RN (Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do RN), tendo sido a primeira dirigente. Também fez parte do MEB - Movimento de Educação de Base. Atualmente está na coordenação pedagógica do Centro de Educação de Jovens e Adultos - CEJA Senador Guerra.

Lucinete é pedagoga, especialista em Educação e Linguagens e uma das pré-candidatas do Solidariedade a vereadora em Caicó. “É preciso superar o preconceito quanto aos sindicatos, e o Solidariedade quer aprofundar essa discussão. Os sindicatos são importantes para organizar as categorias de trabalhadores, estimular a solidariedade e a participação social”, ressalta Diego Vale, pré-candidato a prefeito de Caicó pelo Solidariedade.

terça-feira, 28 de abril de 2020

Bairro de Lagoa Nova é o novo epicentro do coronavírus em Natal

O bairro de Lagoa Nova, na Zona Sul de Natal, é o novo epicentro do coronavírus na capital potiguar. Segundo os dados do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde (LAIS), do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), a localidade concentra 9,36% dos casos registrados até esta segunda-feira (28). 

Até agora, Natal tem 11 mortes por Covid-19. Nossa Senhora da Apresentação, na Zona Norte, está em segundo lugar com 8,87% dos casos. Potengi, também na Zona Norte, e Tirol, na Zona Leste de Natal, ocupam a terceira posição, ambos com 7,88%.


INÍCIO PREOCUPANTE

Há pouco mais de uma semana no cargo de ministro da Saúde, Nelson Teich tem sido criticado por secretários estaduais de Saúde pela demora na entrega de equipamentos. 

"A sensação é de abandono", diz o presidente do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (Conass), Alberto Beltrame. Um dos atrasos mais sentidos é o da entrega dos 2.000 kits de UTIs, anunciados há um mês. Destes, só 17% foram distribuídos. 

Respiradores e testes rápidos também não chegaram. Enquanto o número de casos e mortes aumenta, Teich é acusado de não perceber a urgência da crise e se preocupar mais em criar planilhas de custos. O início preocupa.

Jornal obtém na Justiça Federal direito de ter acesso aos testes de coronavírus de Bolsonaro

O jornal "O Estado de S. Paulo" garantiu nesta segunda-feira na Justiça Federal o direito de ter acesso aos testes de covid-19 (doença provocada pelo novo coronavírus) do presidente Jair Bolsonaro. 

O jornal informou que, por decisão da juíza Ana Lúcia Petri Betto, a União terá 48 horas para fornecer os laudos de todos os exames feitos pelo presidente. 

Bolsonaro já disse que o resultado dos testes deu negativo, mas se recusou a divulgar os laudos.

CELSO DE MELLO AUTORIZA INVESTIGAÇÃO SOBRE BOLSONARO

Celso de Mello autorizou a abertura do inquérito pedido por Augusto Aras para investigar se Jair Bolsonaro tentou interferir politicamente na Polícia Federal. 

No despacho, ele deu 60 dias para a PF ouvir Sergio Moro, primeira providência solicitada pela PGR.

“Ramagem é Carlos dentro da Polícia Federal”, diz Joice

Joice Hasselmann disse hoje que a eventual nomeação de Alexandre Ramagem para o comando da Polícia Federal “será uma tragédia”. 

“Ramagem é o amiguinho próximo, baladeiro próximo do Carlos Bolsonaro. São amigos, parceiros de festa, de balada. Tanto que no início do governo se tentou criar uma Abin paralela para grampear ilegalmente pessoas, fazer dossiês falsos, para perseguir. E o Carlos queria emplacar o Ramagem como comandante dessa Abin paralela. Essa Abin foi barrada tanto pelo Gustavo Bebiano e o Santo Cruz à época”, disse a deputada à CNN.

Herdeiros de Marisa abrem ação contra Eduardo Bolsonaro e Regina Duarte

Os herdeiros de Marisa Letícia Lula da Silva, que foi casada com o ex-presidente Lula, anunciaram nesta segunda-feira, 27, que vão à Justiça contra o deputado Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) e a secretária especial da Cultura, Regina Duarte. 

Segundo a família da ex-primeira-dama, morta em fevereiro de 2017, o deputado e a secretária divulgaram mentiras na internet que atingem "a memória e honra de Dona Marisa", informa o nota publicada no site de Lula. 

Eduardo Bolsonaro publicou em sua conta no Twitter que Marisa Letícia tinha um patrimônio de R$ 256 milhões, quando o valor verdadeiro é, segundo advogados dos herdeiros, de 26 mil reais. 

A informação falsa foi posteriormente publicada por Regina Duarte em sua do Instagram. De acordo com o que divulgou o site de Lula, a família da ex-primeira-dama pede indenização de R$ 131.408,70 tanto ao filho do presidente Jair Bolsonaro quanto à ex-atriz global. 

Segundo a nota, "a ação também pede que os requeridos sejam condenados a publicar em suas redes sociais a sentença condenatória com o valor correto do investimento de Dona Marisa, corrigindo a desinformação propagada por eles".

''Servidor não pode ficar em casa com a geladeira cheia, enquanto milhões perdem o emprego'', diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, indicou que o governo pode avançar, nesta semana, com o plano que prevê o congelamento dos salários dos servidores públicos federais. 

A ideia, segundo Guedes, é não liberar aumentos por um ano e meio, pois o funcionalismo não pode "ficar em casa trancado com a geladeira cheia assistindo à crise [do coronavírus], enquanto milhões de brasileiros estão perdendo o emprego". 

"Precisamos também que o funcionalismo público mostre que está com o Brasil, que vai fazer um sacrifício pelo Brasil, não vai ficar em casa trancado com a geladeira cheia assistindo à crise enquanto milhões de brasileiros estão perdendo o emprego. Não! Eles vão colaborar, eles vão também ficar sem pedir aumento por algum tempo", afirmou Paulo Guedes nesta segunda-feira (27/), na saída do Palácio do Alvorada, depois de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro.

O ministro ainda disse que, nesta semana, deve haver novidades sobre esse assunto. "O presidente disse que ninguém tira direito, ninguém tira salário, ninguém encosta em nenhum direito que existe hoje. Mas, por atenção dos brasileiros e para nos ajudar no combate a essa crise, não peçam aumento por um ano e meio. Contribuam para o Brasil. Essa semana mesmo devemos ter essa novidade. Um plano importante, estruturante, que mostra uma contrapartida", declarou. 

Guedes argumentou que o congelamento salarial representaria a contrapartida dos servidores à crise da Covid-19. 

Afinal, reduziria o aumento dos gastos públicos nos próximos meses, quando o governo vai precisar pagar a conta dos gastos extraordinários que foram necessários durante a pandemia do coronavírus.

Pensão que pedi ao presidente dependeria de nova lei, alega Sergio Moro

Na sexta-feira (24/4), ao se despedir do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, Sérgio Moro afirmou que a única condição que impusera ao presidente Jair Bolsonaro para entrar no governo foi uma pensão para a família caso ele morresse no trabalho. 

Nesse domingo, o ex-ministro afirmou ao jornal O Estado de S. Paulo que o pedido foi "genérico" e que uma pensão deste tipo precisaria ser criada por meio de uma lei. 

"Foi uma solicitação genérica de pensão para a minha família caso fosse assassinado no combate ao crime organizado, a concessão dependeria de lei nova", disse Moro. 

Segundo ele, o benefício seria similar ao que é pago para ex-combatentes e só valeria caso fosse assassinado por organizações criminosas.  

O ex-juiz da Lava-Jato vem sendo criticado, desde sexta-feira, por pessoas que interpretaram o pedido dele como uma ilegalidade. 

O deputado federal Rui Falcão (PT) pediu sábado à Procuradoria Geral da República (PGR) que investigue uma possível solicitação de vantagem indevida por Moro. 

"Pedi apenas que, já que nós íamos ser firmes contra a criminalidade, que se algo me acontecesse, pedi que a minha família não ficasse desamparada sem uma pensão. Foi a única condição que eu coloquei para assumir essa posição específica no Ministério da Justiça", afirmou o ex-juiz da Lava Jato na sexta-feira. 

Ao jornal, ele explicou que também estava preocupado com a perda de 22 anos de contribuição previdenciária a que tinha direito por ter sido juiz federal. 

Questionado, o Ministério da Justiça não respondeu se a proposta de criar uma pensão para quem combate o crime organizado foi adiante. Também procurada, a Presidência da República não se pronunciou.

segunda-feira, 27 de abril de 2020

Banda Grafith fará live para promover campanha solidária do turismo do RN

Para amenizar os efeitos causados pela pandemia do coronavírus em relação aos profissionais autônomos do turismo, a campanha RN+Unido abriu uma janela para receber recursos de pessoas físicas ou privadas por meio de uma campanha online, onde todo o dinheiro arrecadado será revertido em cestas básicas e kits de higiene, distribuídos a esses profissionais em situação social mais vulnerável. 

A fim de ampliar a divulgação da campanha, a Secretaria de Turismo e a Emprotur promovem, no próximo domingo (3), um live em parceria com a banda potiguar Grafith, às 17h. 

O link para doações a partir de R$25 já está nas redes sociais do Governo do RN, da Secretaria de Turismo, da Emprotur e de entidades do turismo. 

"Vivemos um momento inédito na história mundial. A conjuntura atual demanda esforços conjuntos para que os trabalhadores mais afetados pela pandemia tenham condições mínimas de sobrevivência. O turismo é o segmento que mais tem sofrido com a paralisação das atividades e, por esse motivo, construímos essa parceria com a banda Grafith e contamos com o apoio de todos", destacou Aninha Costa, secretária de Turismo.

LETALIDADE ALTA

O Ministério da Saúde informou que cinco estados brasileiros apresentam taxa de letalidade maior do que a média nacional, de 6,8%. 

São eles: Paraíba (9,8%), Rio de Janeiro (9,1%), Pernambuco (8,5%), São Paulo (8,2%) e Amazonas (7,9%). O dado calcula o número de mortes entre os pacientes infectados pela doença. 

A sub notificação de casos e a falta de testes em grande escala tendem a elevar a taxa. O estado com menor índice de letalidade é Roraima, 1%, com 401 infectados e quatro mortes confirmadas. 

Ainda segundo o último boletim divulgado pela pasta, 1.322 óbitos estão sob investigação para saber se foram ou não causados pela Covid-19.

Após demissão, Moro deixa de seguir Bolsonaro nas redes sociais

O ex-ministro da Justiça Sergio Moro estreou nas redes sociais, mais especificamente no Twitter, há um ano por influência de seu chefe na época, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

Com a demissão de Moro, o rompimento entre os dois chegou às redes sociais, ainda que parcialmente. Moro deixou de seguir Bolsonaro tanto no Twitter quanto no Instagram. Já o presidente ainda acompanha os perfis de seu ex-ministro. 

Apesar do unfollow, Moro não tem ignorado as postagens de seu ex-chefe. No sábado (25), o ex-ministro respondeu a uma provocação de Bolsonaro sobre ingratidão. 

Neste domingo (26), reclamou que é vítima de campanha de fake news. Os dois políticos adotam estratégias diferentes nas redes sociais. Bolsonaro (seguido por 6,5 milhões de perfis no Twitter e 16,4 milhões no Instagram) faz dessa arena um local de debate com os seguidores e ataque aos opositores. 

Já Moro (2,9 milhões de seguidores no Twitter e 3 milhões no Instagram) não interage com seus seguidores e usa as redes de maneira mais protocolar, ainda bastante ligado à linguagem jurídica. 

No Instagram, o ex-ministro segue apenas três perfis: sua esposa, o instituto que ela dirige e o Ministério da Justiça. Já no Twitter, ainda segue ministros, até mesmo aqueles que se manifestaram por Bolsonaro na disputa entre os dois, como Damares Alves, da Família e Direitos Humanos. 

Já o ministro da Educação, Abraham Weintraub, que o chamou de “traíra” e a deputada federal Carla Zambelli (PSL-SP), de quem é padrinho de casamento mas também está rompido, Moro não segue.

O recado para Regina

Regina Duarte voltou a ser achincalhada por seu subordinado, Sérgio Camargo, presidente da Fundação Palmares. Ele disse no Twitter: 

“Quem nomeia esquerdistas no governo Bolsonaro deveria ter vergonha na cara, retirar-se com sua turma e tentar voltar somente em 2022 por meio do voto! Se é um recado para a atriz? Sim!”

“Eu já estava engasgado com Bolsonaro”

Em sua entrevista ao Globo, Carlos Fernando dos Santos Lima, ex-coordenador da força-tarefa da Lava-Jato, disse que foi correta a atitude de Sergio Moro de sair do governo Jair Bolsonaro. 

“Me surpreendi que ele não tenha saído antes. Creio que ele se sentiu sendo manietado nesse ano e pouco que ficou lá, mas ainda tentava fazer alguma coisa boa. Chegou um momento em que não havia mais ambiente para isso”, afirmou. 

“Eu já estava engasgado com Bolsonaro desde o episódio do Coaf, porque tenho uma consideração enorme pelo Roberto Leonel (ex-presidente do Coaf) e achei que a condução daquele episódio já mostrava que não havia um compromisso (do presidente) com o combate à corrupção. O compromisso ali era a proteção aos filhos, não é?”

domingo, 26 de abril de 2020

O ‘PAC do Marinho’

O plano Pró-Brasil, que pretende impulsionar a retomada do país com investimentos públicos, é visto como bomba fiscal pela equipe de Paulo Guedes. 

Um dos principais articuladores do plano é o ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, agora desafeto do ministro da Economia. 

Segundo o Estadão, Guedes e sua equipe batizaram o projeto de “PAC do Marinho”, em referência ao Programa de Aceleração do Crescimento do governo Dilma Rousseff.

Mourão, Moro e Mandetta

O general Hamilton Mourão, se assumisse o Palácio do Planalto, poderia chamar de volta Sergio Moro e Luiz Henrique Mandetta. 

O combate à epidemia de Covid-19, que vai ditar os rumos do Brasil até 2022, exige isolamento social e isolamento dos corruptos, além do resgate da economia.

“Uma linha intransponível”

“A decisão de sair do governo caso o presidente insistisse em interferir na Polícia Federal já estava tomada por Moro desde o fim de semana”, diz Renato Onofre. 

“O ex-ministro da Justiça já havia avisado assessores e subordinados próximos, entre eles o próprio Maurício Valeixo, então diretor-geral da PF, que a interferência no órgão era uma linha intransponível e não aceitaria que o presidente a cruzasse.” 

Maurício Valeixo poderá confirmar isso no inquérito do STF, assim como todos aqueles que testemunharam as manobras de Jair Bolsonaro.