quinta-feira, 29 de outubro de 2020

Em nome de Bolsonaro, senador vai à Rússia interceder por brasileiro preso

O senador Nelsinho Trad (PSD-MS) foi à Rússia para entregar uma carta em nome do presidente da República, Jair Bolsonaro, pedindo a soltura do brasileiro Robson Oliveira, preso naquele país há mais de 580 dias. O parlamentar chegou ontem e deve ficar até o dia 31. 

Nesta quarta-feira, 28, ele se encontrou com o vice-ministro Sergey Ryabkov e entregou a carta a pedido de Bolsonaro. Bolsonaro já afirmou que o caso é "complexo, mas não impossível de ser solucionado" e que o Brasil atuaria para buscar o "perdão local" de Robson. 

Trad, que é presidente da Comissão de Relações Exteriores e Defesa Nacional, disse que é necessária uma "cautela diplomática" para lidar com o assunto, mas se mostrou confiante em um desfecho positivo.

No início do ano passado, Robson Oliveira foi preso por portar remédio de uso não liberado na Rússia, mas permitido no Brasil. 

O motorista levava o medicamento Mytedom 10mg (cloridrato de metadona) para a utilização pelo sogro do meio-campista Fernando, que à epoca atuava no Spartak Moscou e hoje joga no Beijing Guoan, da China. Robson era motorista do atleta e está detido na Rússia desde fevereiro de 2019.

 

quarta-feira, 28 de outubro de 2020

Carluxo e seu fundão

Agraciado com R$ 22.125 em materiais de campanha custeados pelo fundão eleitoral, Carlos Bolsonaro afirmou nesta terça (27) que vai doar parte do salário a entidades de caridade ou que “promovam a pauta” de seus eleitores para compensar o valor. 

Candidato à reeleição na Câmara Municipal do Rio, o filho 02 de Jair Bolsonaro, que já fez críticas públicas a esse modelo de financiamento, só se manifestou após O Globo noticiar o caso.

 

Desempregados doaram 15,9 milhões para candidatos

O TSE identificou 3.793 doações de campanha, no montante de R$ 15,9 milhões, efetuadas formalmente por pessoas que aparecem como desempregadas em cadastros do governo. 

Outras 782 doações, que somam R$ 6,4 milhões, vêm de doadores com renda incompatível com o valor doado. Há cinco pessoas, que doaram R$ 6,8 mil, com registro de óbito em cartórios.

Todos os casos indicam o uso de laranjas por candidatos para efetuar doações com dinheiro de origem suspeita. Os dados serão repassados ao Ministério Público para investigação.

O levantamento do TSE também encontrou 775 fornecedores sem registro em junta comercial ou na Receita que receberam R$ 1,3 milhão de candidatos. Foram identificadas 217 empresas, que receberam um total de R$ 471,3 mil, cujos sócios têm relação de parentesco com algum candidato.

A suspeita aqui é de desvio do dinheiro, sem efetiva prestação de serviço, ou de favorecimento a empresas de familiares dos políticos.

 

terça-feira, 27 de outubro de 2020

Inquérito da PF sobre transações de Wassef acende sinal de alerta no Planalto


A abertura de um inquérito pela PF para apurar as movimentações financeiras de Frederick Wassef acendeu o sinal de alerta dentro do governo Jair Bolsonaro, por causa da atuação do ex-advogado do presidente e de Flávio Bolsonaro como lobista no Planalto

A investigação aberta em Brasília tem como origem relatório do Coaf mostrando que o escritório de Wassef movimentou cerca de R$ 42 milhões nos últimos cinco anos. 

As operações foram consideradas suspeitas pelo órgão.

 

'São três imbecis: ladrão, maluco e megalomaníaco', diz Joice Hasselmann sobre irmãos Bolsonaro


A deputada federal Joice Hasselmann (PSL-SP), ex-aliada da base bolsonarista do governo, afirmou que os filhos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) são “três imbecis”. 

Em entrevista ao UOL, nesta segunda-feira (26), ela avaliou que “um é ladrão, o outro é maluco e o outro é megalomaníaco”, referindo-se respectivamente a Flávio, Carlos e Eduardo Bolsonaro.

“Achava que ele [Jair Bolsonaro] era machão, não machista. Convivendo com ele, percebi que é machista, sim, depois que começaram minhas brigas com os filhos dele. Nunca tive relação boa com nenhum. São três imbecis. Um é ladrão, o outro é maluco e o outro é megalomaníaco”, afirmou ao UOL. 

A deputada havia sido questionada sobre o que mudou no relacionamento com o presidente e seus filhos. Ao ser eleita, em 2018, Joice chegou a dizer que era o "Bolsonaro de saias". 
Neste ano, porém, houve um rompimento com a ala bolsonarista. A deputada, inclusive chegou a protocolar um pedido de impeachment contra o presidente — que não teve seguimento. 

“Quando começamos a nos desentender, Bolsonaro trouxe os filhos para ele, os defendeu. Me vi atacada por defender aqueles que sempre ajudei”, completou a deputada, referindo-se a briga pela liderança do partido na Câmara.

 

Bolsonaro anuncia que reduzirá IPI para videogames

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta 2ª feira (26.out.2020) que diminuirá o IPI (Imposto sobre os Produtos Industrializados) para videogames. 

O decreto será publicado no Diário Oficial na 3ª feira, disse o chefe do Executivo em publicação nas redes sociais.

Segundo Bolsonaro, o IPI de consoles e máquinas de jogos será diminuído de 40% para 30%. A alíquota do tributo que incide sobre acessórios será reduzida de 32% para 22%. 

Em agosto de 2020, o secretário especial de Cultura do governo, Mario Frias, fez uma postagem ao lado do filho mais novo do presidente, Jair Renan Bolsonaro. 

Os dois se reuniram para discutir o futuro dos “e-games“ no país, de acordo com a publicação do secretário.

 

segunda-feira, 26 de outubro de 2020

“É uma briga inútil”

Gestores e especialistas em saúde ouvidos pela Folha dizem temer que as declarações de Jair Bolsonaro contra a “vacina chinesa” possam levar a uma queda na adesão à imunização. 

“O risco é de imunizar menos pessoas do que a gente poderia”, disse Carlos Lula, presidente do Conass.

Já Mauro Junqueira, do Conasems, afirmou que a atual guerra política em torno das vacinas “não tem que ser levada em conta”.“

É uma briga inútil de algo que ainda nem foi aprovado. Quando isso acontecer, sabemos que vai ser incorporado.”

 

'Vai comprar na Venezuela', diz Bolsonaro a homem que pediu redução no preço do arroz


Durante passeio de moto em Brasília neste domingo, 25 , o presidente Jair Bolsonaro irritou-se com o pedido de um homem, não identificado, sobre o preço do arroz. 

O chefe do Executivo fez um passeio hoje por regiões do Distrito Federal acompanhado dos ministros Luiz Eduardo Ramos, da Secretaria de Governo, e Braga Netto, da Casa Civil. Enquanto se preparava para sair da Feira Permanente do Cruzeiro, o mandatário ouviu uma cobrança relacionada à alta no preço do arroz, registrada desde o início de setembro. 

"Bolsonaro, baixa o preço do arroz, por favor. Não aguento mais", disse o homem. O presidente respondeu prontamente e em tom irritado: "Quer que eu baixe na canetada? Você quer que eu tabele? Se você quer que eu tabele, eu tabelo. Mas vai comprar lá na Venezuela". 

Em seguida, sem receber outro comentário do homem, que deixou o local, Bolsonaro disse: "Fala e vai embora". Pouco depois, o mandatário também saiu e retornou ao Palácio da Alvorada.

 

Bolsonaro é recordista em liberação de emenda parlamentar

Jair Bolsonaro é recordista em liberar emendas parlamentares, segundo levantamento da Folha. 

Foram R$ 17,2 bilhões pagos até meados de outubro, o que já representa um crescimento de 67% em relação a todo o ano passado.

O Centrão não tem do que reclamar de Bolsonaro.

 

domingo, 25 de outubro de 2020

“Gol contra” de Bolsonaro pode atrasar vacina, diz secretário

O secretário de Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn, classificou como “gol contra” o boicote de Jair Bolsonaro à Coronavac, a vacina chinesa em testes no estado. 

“Quando isso acontece, é como se tivéssemos um gol contra no primeiro tempo. Nós estamos indo ainda para o segundo, tem muito jogo pela frente”, disse à CNN.

Para o secretário, o impasse provocado pelo presidente pode atrasar a vacinação contra a Covid-19 no país.

“Isso [prazo] vai depender dessas discussões. Esse é o grande problema. Se nós não tivéssemos essas discussões em curso, era possível que já no início de janeiro nós estivéssemos iniciando esse esquema vacinal. Frente a todas essas adversidades, talvez nós tenhamos um atraso para iniciar essa vacinação.”

 

“Como seriam as reações se Bolsonaro criticasse membros do Congresso ou STF?”

No Twitter, Eduardo Bolsonaro rebateu a declaração de Rodrigo Maia de que o ministro Ricardo Salles “resolveu destruir o próprio governo”. 

O filho do presidente escreveu: 

“Perguntar não ofende: como seriam as reações se o Presidente Bolsonaro resolvesse criticar publicamente membros do Congresso ou do STF? Seria acusado de interferir em outros poderes e causar crise institucional, certo? Pois é.”

sábado, 24 de outubro de 2020

Não satisfeito em destruir o ambiente, resolveu destruir o governo, diz Maia sobre Salles


O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), entrou neste sábado (24) na briga pública do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, com o ministro da Secretaria de Governo, general Luiz Eduardo Ramos, escalando a nova crise do governo do presidente Jair Bolsonaro (sem partido). 

"O ministro Ricardo Salles, não satisfeito em destruir o meio ambiente do Brasil, agora resolveu destruir o próprio governo", escreveu o deputado em uma rede social. 

Em contraposição à base ideológica do governo no Congresso, Maia, bem como integrantes do centrão, são aliados de Ramos no confronto contra o núcleo ideológico do governo. Parlamentares que integram o grupo também foram a público.

O estopim para a crise entre Salles e Ramos foi uma nota no jornal O Globo que afirmava que o ministro estava esticando a corda com a ala militar do governo em decorrência do episódio envolvendo a falta de recursos no Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) --Salles disse que, sem dinheiro, brigadistas interromperiam atividades de combate a incêndios e queimadas. 

As críticas de Salles a Ramos são amparadas pelos filhos de Jair Bolsonaro e fazem parte de estratégia do núcleo ideológico para convencer o presidente a trocar o responsável pela articulação política do governo, como mostrou a Folha na sexta-feira. 

A pressão, que ocorre nos bastidores desde agosto, mas agora veio a público com a manifestação de Salles nas redes sociais. Ele citou nominalmente Ramos e pediu ao militar para parar com uma postura de "maria fofoca". 

A decisão de Salles de tornar público o embate, segundo assessores palacianos, busca tentar acelerar o desgaste de Ramos para que seja possível convencer Bolsonaro a incluir o general na minirreforma ministerial programada para fevereiro.

 

sexta-feira, 23 de outubro de 2020

Governo 'não aumentará impostos' após pandemia, diz Bolsonaro

Em formatura de novos diplomatas, no Itamaraty, Jair Bolsonaro afirmou que o governo não vai aumentar impostos depois da pandemia. 

“Estamos simplificando impostos. O nosso país, Paulo Guedes, o governo federal não aumentou impostos durante a pandemia e não aumentará quando ela também nos deixar.” 

E acrescentou: 

“Precisamos que os senhores mostrem ao mundo que o Brasil está fazendo o que é certo; que estamos reformando nossa economia, cortando gastos, fazendo reformas e combatendo a corrupção pelo exemplo.”

 

Anvisa decide até dia 28 se autoriza Butantan a importar insumos da China

A Anvisa informou que vai decidir, até o próximo dia 28, se vai autorizar a importação de insumos da China para a produção da Coronavac pelo Instituto Butantan. 

A decisão caberá à diretoria da agência, composta por cinco membros, e será feita de forma remota, sem uma reunião presencial.

A Anvisa ressalvou, no entanto, que mesmo que a importação seja autorizada, a vacina da Sinovac ainda não poderá ser aplicada na população, porque ainda não possui registro sanitário.

Hoje, o diretor-geral do Butantan, Dimas Covas, acusou a Anvisa de retardar a autorização para a importação. 

Ele diz que são necessários 45 dias entre a chegada da matéria-prima e a liberação da vacina, incluindo testes de qualidade. Na prática, a produção das primeiras doses ficaria para janeiro.

 

Diplomatas não verão 'um hectare de selva devastada' na Amazônia, diz Bolsonaro

Ao anunciar um convite a diplomatas para sobrevoar a Amazônia, Jair Bolsonaro disse hoje que não será visto nenhum hectare de “selva devastada”.

“Quando se fala na nossa Amazônia, estamos ultimando uma viagem Manaus-Boa Vista, onde convidaremos diplomatas de outros países para mostrar, naquela curta viagem de 1h30, que não verão, em nossa floresta amazônica, nada queimando ou sequer um hectare de selva devastada.”

 

quinta-feira, 22 de outubro de 2020

"Para nós, pouco importa o país de origem da vacina", diz presidente da Anvisa

O diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres, afirmou há pouco que “pouca importa” à agência o país de origem da vacina contra a Covid-19. 

Torres deu a declaração em coletiva logo após se reunir com João Doria.

“Para nós, pouco importa de onde vem a vacina ou qual é o seu país de origem. O nosso dever constitucional é oferecer resposta de que esses produtos têm ou não têm qualidade, segurança e eficácia.”

E acrescentou: 

“O trabalho da Anvisa é no caso do desenvolvimento vacinal. Um trabalho que já aconteceu e que foi autorizar esses quatro protocolos. Uma vez feita a anuência, acompanhá-los e trabalhar para a concessão do registro, daqueles que forem solicitados. Esse processo não sofre nenhuma alteração, influência ou ação de qualquer outra situação que não a ciência e o apego à boa técnica. Portanto, não há influência externa nesse sentido.”

 

Jardim do Seridó inicia rodízio de abastecimento

A cidade de Jardim do Seridó passa a adotar rodízio de abastecimento. A partir desta semana, a cidade foi dividida em três setores, que vão receber água conforme cronograma da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern). 

A cidade tinha captação na barragem de Passagem das Traíras, que foi desativada, devido à redução no volume de água. O açude Boqueirão será o manancial utilizado para abastecer tanto Jardim do Seridó como Carnaúba dos Dantas, pela adutora Parelhas/Carnaúba dos Dantas. 

O rodízio de Jardim do Seridó ocorrerá da seguinte forma: nas segundas e quintas feiras é a vez do setor 1. Nas terças e sextas-feiras o abastecimento é feito para o setor 2. Nas quartas e sábados a água irá para o setor 3. 

Confira abaixo os bairros e conjuntos que fazem parte de cada setor: 

Setor 1 (abastecimento nas segundas-feiras e quintas-feiras) – Alto da Caixa de Água, Baixa da Beleza Comissão e os conjuntos habitacionais Ana Cunha, Luzia Leopoldina e Aluízio Alves 

Setor 2 (abastecimento nas terças-feiras e sextas feiras) - Novo Horizonte, Cohab, Bandeira Branca, Fazenda Petrópolis, Conjunto Walfredo Gurgel e Bela Vista. 

Setor 3 (abastecimento quartas-feiras e sábados) – Centro, São João e Matadouro

 

Papa aprova união civil entre pessoas do mesmo sexo: 'Eles são filhos de Deus'

O  papa Francisco aprovou as uniões civis entre pessoas do mesmo sexo pela primeira vez como pontífice. O fato ocorreu quando ele foi entrevistado para o documentário "Francesco", que estreou no Festival de Cinema de Roma nesta quarta-feira, 21.

O apoio papal apareceu no metade do filme, que investiga as questões que mais preocupam Francisco, como meio ambiente, pobreza, migração, desigualdade racial e de renda, e aqueles mais afetados pela discriminação. 

"Os homossexuais têm o direito de ter uma família. Eles são filhos de Deus", disse Francisco em uma de suas entrevistas para o filme. "O que precisamos ter é uma lei de união civil, pois dessa maneira eles estarão legalmente protegidos." 

O jesuíta que mais fez para construir pontes para os gays na Igreja, o padre James Martin, elogiou as observações do pontífice como "um grande passo adiante no apoio da Igreja à comunidade LGBT". 

"O pronunciamento do papa em favor das uniões civis também é uma mensagem forte para lugares onde a Igreja se opôs a essas leis", disse Martin em um comunicado.

 

'Nenhuma convicção pessoal pode sobrepor-se à ciência', diz conselho de secretários de Saúde

O Conass (Conselho Nacional dos Secretários de Saúde) divulgou nota após o recuo do governo federal na aquisição de doses da vacina produzida pelo laboratório chinês Sinovac em parceria com o Instituto Butantan. 

Nesta quarta (21), Jair Bolsonaro desautorizou Eduardo Pazuello e disse que a “vacina chinesa” não será comprada pelo governo brasileiro, menos de 24 horas depois de o Ministério da Saúde anunciar a intenção de adquirir 46 milhões de doses da Coronavac.

“Nenhuma convicção pessoal pode sobrepor-se à ciência”, afirma a nota do Conass. O órgão defendeu ainda que “a cooperação interfederativa é o melhor caminho para superar esta grave crise sanitária”.

 

quarta-feira, 21 de outubro de 2020

Bolsonaro sabia de compras de vacina, mas voltou atrás por pressão nas redes sociais


O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) foi informado no último final de semana que o Ministério da Saúde tinha intenção de comprar 46 milhões de doses da vacina CoronaVac, desenvolvida pela chinesa Sinovac com o Instituto Butantan. De acordo com a Folha, o presidente voltou atrás por conta de pressão em suas redes sociais.

O jornal reporta que assessores do Planalto e da Saúde afirmam que Bolsonaro não se opôs à compra inicialmente, mas mudou com a repercussão negativa de boa parte de seus apoiadores nas redes sociais.

A campanha dos bolsonaristas nas redes contra a “vacina chinesa”, como chamam, começou logo depois que o ministro Eduardo Pazuello indicou a intenção de compra em reunião virtual com governadores. 

Quando a repercussão negativa chegou aos perfis oficiais do presidente, Bolsonaro optou por voltar atrás e fez, nesta manhã, também pelas redes sociais, o anúncio de que “brasileiros não seriam cobaias”. “Houve uma distorção por parte do João Doria no tocante ao que ele falou. Ele tem um protocolo de intenções, já mandei cancelar se ele [Pazuello] assinou, já mandei cancelar. O presidente sou eu, não abro mão da minha autoridade. Até porque estaria comprando uma vacina que ninguém está interessado por ela, a não ser nós”, ressaltou Bolsonaro ao anunciar o cancelamento da compra. 

Menos de 24 horas após o Ministério da Saúde anunciar o protocolo de intenções feito pelo Ministério da Saúde com o governo de São Paulo para a aquisição de 46 milhões de doses da Coronavac, o presidente desautorizou o ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, e afirmou na manhã de hoje que o imunizante contra o coronavírus “não será comprado” pelo governo brasileiro. 

Após das declarações de Bolsonaro, o Ministério da Saúde disse que houve uma “interpretação equivocada da fala do ministro da Saúde” e que não há qualquer compromisso com o governo do estado de São Paulo ou com o governador João Doria, no sentido de aquisição de vacinas contra covid-19.