A Secretaria Municipal de Saúde vem desenvolvendo ações para combater casos de raiva animal na cidade de Caicó.
Nas últimas semanas, um caso da doença foi registrado na zona rural do Município e os procedimentos foram feitos para evitar a proliferação.
O fato aconteceu no Sítio Bela Flor, localizado no Perímetro Irrigado Sabugi, quando uma raposa agrediu um agricultor de identidade não revelada.
“Logo após a agressão o animal foi abatido pelo proprietário. Por suspeitar que a raposa estivesse com raiva, o paciente foi encaminhado para a Unidade de Saúde, foi procedido o soro anti-rábico e está sendo feito o esquema de vacina, que são cinco doses. Isso é feito para evitar que o vírus entre na circulação do corpo e ele contraia essa doença mortal”, disse Gustavo Solano, médico veterinário e coordenador do Centro de Controle Zoonoses.
Já com relação à raposa, o Cérebro foi levado ao Laboratório Central (Lacen), em Natal, no dia 10/06 e, no dia seguinte, o resultado foi confirmado positivamente para a doença.
Após a confirmação, técnicos da Secretaria de Saúde fez o trabalho de bloqueio de foco na propriedade rural e em um raio de aproximadamente 1km, com vacinação de cães e gatos.
“Detectamos, ainda, que essa raposa agrediu um cão e esse animal foi examinado, mas não está doente. Reforçamos a dose da vacina no cachorro, já que ele estava vacinado desde a campanha passada, e vamos ficar observando se ele terá outra reação comportamental”, ressaltou o coordenador.
Esse não é o primeiro caso da doença em raposas na cidade de Caicó. Este ano já foram encaminhadas para exame no Lacen as amostras de um cachorro, uma raposa e sete morcegos.
Diferentemente dos anos anteriores, onde a positividade era dos morcegos, em 2013 apenas a raposa teve resultado positivo. Nos outros animais a suspeita não se confirmou.
“A raiva é transmitida pela saliva do animal. Existe a possibilidade da doença ser detectada em animais silvestres, como é caso do morcego e da raposa. Quando um mamífero desses está infectado e morre ele é expulso da sua colônia natural. Em seguida, um morcego, que está livre da doença, entra em contato com esse morto e vai passando a doença pela saliva. Do morcego passa para o cão, que passa para um gato e pode chegar ao ser humano, caso esses animais não estejam vacinados”, explicou Solano.
Para ele, é preciso ter cuidado, tanto com os animais quanto com as pessoas, “isso porque a doença afeta primeiro os músculos da laringe e faringe. As pessoas e os animais ficam sem querer tomar água, em seguida parte para o sistema nervoso central, para o cérebro. Logo após, os sintomas são febre, alucinações e comportamentos agressivos”, explicou