Arquivos da segurança nacional revelam que o tricampeão mundial de Fórmula 1 Ayrton Senna foi fichado por um órgão de controle social da Ditadura Militar, em 1990.
A ficha mostra que Senna esteve sob investigação depois de ter sido ameaçado de sequestro pelo Comando Vermelho, no mesmo ano. À época, Senna ainda era bicampeão mundial de Fórmula 1.
Após a corrida que deu ao brasileiro o seu segundo título, em Suzuka, no Japão, veio à tona a possibilidade de seu sequestro. Naquela corrida, em 1990, o brasileiro bateu propositalmente em Alain Prost, acabando com as possibilidades do francês de lhe tirar o título mundial de F1.
Sua atitude foi uma vingança pelo que havia ocorrido no ano anterior: o francês teria tirado Senna propositalmente, no mesmo circuito, para ficar com o campeonato.
Acredita-se que a única motivação do sequestro seria mesmo a gorda quantia cobrada no resgate de um piloto da Fórmula 1.
O Comando Vermelho, facção criminosa que teria ameaçado o piloto de sequestro, é um dos núcleos de poder paralelo mais influentes do Brasil. Por isso, algumas reportagens realizadas sobre o assunto àquela época foram fiscalizadas e catalogadas pelo Deops, conhecido anteriormente como Dops (Departamento de Ordem Política e Social).
Nesta segunda-feira, no aniversário de 49 anos do golpe que instaurou a Ditadura Militar no Brasil, o Arquivo Público de São Paulo liberou na Internet as fichas do Deops que foram catalogadas no estado.
Apesar de a Ditadura ter acabado em 1985, o Deops, criado para “prevenir e reprimir delitos considerados de ordem política e social contra a segurança do Estado", continuou em ação por mais alguns anos em alguns estados brasileiros.
Yahoo
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