quinta-feira, 4 de abril de 2013

Globo abre mão de normas internas para ter Ronaldo como comentarista

Para ter o ex-jogador Ronaldo como seu comentarista na Copa das Confederações e Copa do Mundo, a Globo teve de abrir mão do cumprimento por parte do "Fenômeno" de certas normas internas da emissora, como ocorre com todos os contratados.

Conforme explica a colunista Keila Jimenez na edição desta quarta-feira do jornal "Folha de S.Paulo", a Globo teve de aceitar que Ronaldo seguisse protagonizando comerciais (atualmente, o ex-atleta está à frente de seis campanhas publicitárias diferentes), algo que a rede não permite a seus comentaristas "normais". 

Outra concessão que a emissora teve que fazer refere-se à operadora Claro, da qual o Fenômeno é garoto-propaganda, marca concorrente direta da Vivo, patrocinador da Copa das Confederações, torneio onde Ronaldo atacará de comentarista pela Globo. 

A Vivo disse à colunista da "Folha" não se preocupar com isso, porém, segundo Keila, o mercado afirma outra coisa: que a empresa não gostou nada de ter o garoto-propaganda da concorrência em um evento bancado por ela, Vivo, na TV. 

Outro ponto que habitualmente a Globo não abre mão é a de seus contratados não terem atividades paralelas ou conflitantes com a que exerce na emissora. 

No caso de Ronaldo, ele é empresário e jogadores agenciados por sua empresa 9ine, casos de Neymar, do Santos, e Lucas, do PSG, devem estar tanto na Copa das Confederações quanto no Mundial em 2014. 

Como se portaria o ex-atacante como comentarista da Globo tendo que falar, eventualmente em tom crítico, de atletas contratados por sua agência? Ao "Esporte Espetacular" do último domingo, o Fenômeno garantiu que não faltará com a ética com o público que assistir aos jogos na Globo nem consigo mesmo. 

No programa dominical da Globo, falou que dará a opinião dele, como já fez outras vezes, até criticando Neymar, podendo ser ainda mais duro com o craque santista e da seleção. 
Por Rogerio Jovaneli

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