A incrível dívida de R$ 750 milhões, levantada pela auditoria contratada pela nova diretoria do Flamengo, merece um detalhamento profundo.
Já se sabe, por exemplo, que Patrícia Amorim deixou de pagar R$ 86 milhões em impostos. E que, somente no ano passado, contraiu mais R$ 80 milhões em empréstimos bancários.
Mas é pouco. Seria saudável esclarecer tudo tintim por tintim.
Afinal, que a gestão de Patrícia foi um desastre de proporções tsunâmicas já se sabia.
Mas e as diretorias anteriores a dela? Qual o tamanho dos buracos cavados nas administrações de Márcio Braga, Kléber Leite, Luiz Augusto Veloso, Edmundo Santos Silva etc?
Seria muito saudável que tudo viesse a público agora. Mas duvido que aconteça.
Porque a maioria desses ex-presidentes apoiaram Eduardo Bandeira de Mello. E a revelação de seus números, com certeza também desastrosos, criaria enorme mal-estar na base de apoio político da atual diretoria.
Seja como for, o fundamental é que os dirigentes atuais continuem a trabalhar com transparência e os pés no chão. Bem administrado, não tenho dúvida, o Flamengo não somente pode pagar essa dívida assombrosa, como se tornar um dos maiores clubes do planeta.
O patrimônio inestimável da maior torcida do mundo é suficiente para que, trabalhando com competência, se aumente exponencialmente as suas receitas e se leve o clube a se tornar uma potência, mesmo com o gigantesco buraco deixado pelos antigos presidentes.
A tarefa de Eduardo Bandeira de Mello e seus pares é árdua, mas possível. Basta um mínimo de seriedade. Coisa que a maioria dos que os antecederam simplesmente não tiveram.
Renato M. Prado
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