Neste mês de janeiro, em que a Secretaria de Saúde Pública do Rio Grande do Norte (SeSaP) informa o primeiro óbito causado pelo Zika vírus no estado, dois periódicos científicos - a Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical, de âmbito nacional e o americano Science News - publicam o artigo científico Zika virus in Brazil and the danger of infestation by Aedes (Stegomyia) mosquitoes, de Carlos Brisola Marcondes e de Maria de Fátima Freire de Melo Ximenes.
Escrito antes da tragédia da microencefalia interromper o sonho da maternidade de centenas de pessoas e tirar a qualidade de vida de novos bebês no final de 2015, no Brasil, o artigo revela a preocupação dos pesquisadores catarinense e norte-rio-grandense com a expansão do mosquito e os avanços de doenças por ele transmitidas.
Na publicação em suporte eletrônico, citada no meio científico “como uma referência sobre o tema”, os pesquisadores Marcondes, da Universidade Santa Catarina (UFSC) e de Ximenes, do Programa de Pós-Graduação em Bioquímica, do Centro de Biociências (CB), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), chamam a atenção para as ameaças da expansão de mosquitos Aedes e seus parentes, “pelo fato de ter sido constatado, em laboratório em outros países, o potencial neurotrópico do vírus Zika, a transmissão transplacentaria, e que ele não era o "primo manso da Dengue" como veiculado na mídia”, detalha Fátima Ximenes. Marcondes e Ximenes abordam, ainda, a rápida expansão do Zika vírus nas Américas.
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