Os resultados de Neymar dentro de campo são indiscutíveis. Quatro títulos conquistados, entre eles uma Libertadores, em um ano e meio como astro do Santos.
Mas, além dos gramados, é nos cofres da Vila Belmiro que o camisa 11 tem justificado as regalias que recebe.
O plano de carreira pensado para manter Neymar no Brasil, por meio de patrocínios pessoais, aproximou o salário do jogador a quase R$ 1 milhão e gera dividendos também para o Santos.
O contrato entre o clube e o atleta prevê que toda a verba oriunda da imagem de Neymar seja dividida --70% vai para o atacante de 19 anos e 30%, para a agremiação.
Segundo pessoas ligadas à diretoria santista, já foram fechados e estão próximos de ser concretizados cerca de R$ 9 milhões por ano de patrocínios a Neymar. Em torno de R$ 2,7 milhões desse montante entram na conta do time da Vila Belmiro.
Pelo acordo firmado após a investida do Chelsea, no ano passado, o Santos se compromete a pagar pelo menos R$ 500 mil mensais para o atacante. Desse valor, R$ 160 mil são fixos, correspondentes ao teto salarial do clube, e o restante está relacionado a direito de imagem.
Se as verbas publicitárias não forem suficientes, o Santos tem que tirar dinheiro dos próprios cofres para completar o mínimo de R$ 500 mil.
Foi assim no começo. Mas, com as apresentações cada vez melhores de Neymar, os patrocínios explodiram.
Hoje, cinco empresas exploram a imagem do atleta: Red Bull, Nextel, Tenys Pé, Panasonic e Nike --apenas a última não entra no acordo firmado com o Santos.
Além desses patrocínios, outros três serão anunciados em breve: AmBev, Oi (em substituição à Nextel, a partir de setembro) e Lupo.
O Ministério do Turismo também quer Neymar como seu principal garoto-propaganda por R$ 900 mil anuais, segundo apuração da Folha.
Hoje, com os 30% dos R$ 9 milhões arrecadados, o Santos ganha mais do que o necessário para bancar a parte que lhe cabe nos vencimentos de Neymar.
Contando o 13º salário, o clube paga R$ 2,08 milhões a sua estrela.
Folha
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