A inauguração, agendada para hoje, em Guamaré, de dois parques geradores de energia eólica faz o Rio Grande do Norte avançar consideravelmente rumo à condição de maior fornecedor nacional do segmento em todo o país. Como se sabe, estudos mostram que esta unidade federativa concentra 35% do potencial de energia eólica em todo o país.
Pertencentes ao grupo Bioenergy, os dois parques receberam investimento da ordem de 125 milhões de reais. Um deles, o parque Miassaba 2, será o primeiro a operar no mercado livre, ou seja, ambiente onde os preços praticados são negociados livremente entre o consumidor e o agente de geração ou de comercialização, sem interferência do governo federal.
Consumidores que utilizam mais de 0,5 megawatt (MW), como indústrias de maior porte, shoppings centers, hospitais e supermercados, por exemplo, podem negociar seus contratos de fornecimento de energia com base em volume, preço, duração e indexação.
A meu ver o grande avanço que este momento determina é a incursão deste unidade federativa no chamado mercado livre, vez que, visto isoladamente, o investimento absorvido pelos dois parques é incapaz de oferecer aos conterrâneos uma idéia da grandiosidade que espera o Rio Grande do Norte neste segmento.
Para se ter idéia, o investimento que o setor de geração de energia eólica já contratou para o Rio Grande do Norte apenas para até 2.014 soma 11,2 bilhões de reais, conforme o contabilizado até o mais recente leilão do setor, realizado em dezembro último. Ele deverá se espargir através de 84 parques.
Roberto Guedes
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