sexta-feira, 8 de janeiro de 2016

Suécia obriga pais a tirar pelo menos 3 meses de licença-paternidade

Em muitos países, a ideia da licença-paternidade ainda não vingou. Mas a Suécia encoraja, desde os anos 1970, pais a tirar tempo para ficar com os filhos recém-nascidos.

E agora quer incentivá-los a passar pelo menos três meses em casa.

Em 1974, o país se tornou o primeiro do mundo a oferecer a licença-paternidade e estender aos pais a chance de também passar tempo em casa com os filhos. "É uma forte tradição na Suécia", afirma Roger Klinth, professor de Estudos de Gênero na Universidade Linkoping. "Todos os partidos políticos votaram a favor da licença-paternidade em 1974, o que é um sinal claro de que homens e mulheres deveriam ter o mesmo status para cuidar dos filhos e que nenhum gênero deveria assumir a responsabilidade". 

Compulsoriedade 

A ideia era que casais recebessem seis meses de licença por criança, divididos igualmente entre pai e mãe. Homens, porém, tinham a opção de transferir dias para as mulheres - algo que a maioria fez. Nos anos 90, quase 90% dos dias de licença ainda eram usados por mulheres. 

Em 1995, o governo criou o que se pode chamar de uma "cota para papais", alocando 30 dias compulsórios e que seriam perdidos caso não fossem usados. 

Sete anos mais tarde, o período foi estendido para 60 dias. Ambas as reformas tiveram impacto direto na proporção de dias de licença tirados por pais: em 2014, homens já eram responsáveis por 25% dos dias disponíveis para casais. 

A partir deste 1º de janeiro, a cota compulsória foi aumentada para 90 dias.

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