Em delação premiada na Operação Lava Jato, da Polícia Federal, o ex-deputado Pedro Corrêa (PP-PE) disse que Renan Calheiros, presidente do Senado, teve suas campanhas financiadas por PC Farias – Paulo César Farias, tesoureiro da campanha de Fernando Collor (PTC-AL) à presidência em 1989.
De acordo com o Estado de S. Paulo desta terça (31), o Anexo 51 do resumo da delação de Corrêa diz que “Renan fez suas campanhas com o dinheiro arrecadado por PC Farias”.
Calheiros é investigado por suposto envolvimento no esquema de desvios na Petrobras.
Essa não é a primeira vez que o presidente do Senado é citado em uma delação da Operação Lava Jato.
Os dois primeiros delatores – o ex-diretor da estatal, Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef – fizeram referência a um suposto acordo de propina entre Calheiros e líderes do PMDB que teria beneficiado o senador em aproximadamente R$ 6 milhões no ano de 2006.
Em resposta, a assessoria de Renan Calheiros afirmou que ele não se candidatou em 2006, “nunca manteve relações políticas ou pessoais com Pedro Corrêa” e que todas as doações recebidas em campanha foram aprovadas pela Justiça e, portanto, são legais.
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