O ex-jogador argentino Javier Zanetti foi um dos grandes amigos do atacante brasileiro Adriano Imperador na Inter de Milão.
Em entrevista concedida nesta semana, ao site italiano “Tuttomercato”, Zanetti abriu o jogo sobre o Impera e revelou que um telefonema complicou demais a carreira do artilheiro.
“Ele tinha também um pai que o vigiava muito e o mantinha na raia... No começo de uma temporada, aconteceu algo inimaginável. Ele recebeu uma ligação do Brasil e lhe disseram que o seu pai tinha morrido. É algo que pode mudar você para sempre. Eu o vi chorar, jogou o telefone longe e começou a gritar que não era possível...”, disse.
“Depois desse dia, Moratti (presidente da Inter) e eu decidimos acolhê-lo como um irmão e protegê-lo. Durante esse tempo, ele seguiu jogando, marcando e dedicando os gols ao seu pai... mirava o céu e rezava... De noite, o Iván Córdoba e eu nos juntávamos e animávamos ele, dizendo-lhe que ele era uma mescla de Ronaldo e Ibrahimovic e que podia ser melhor que ambos. Mas depois da ligação, ele não voltou a ser o mesmo...”, acrescentou.
Por fim, disse que acreditava no potencial de Adriano desde que ele chegou na Inter.
“Chegar na Inter marcando um golaço contra o Real Madrid... Ali me dei conta que ele poderia ser o novo Ronaldo. Adriano tinha tudo... físico, talento e velocidade... Mas Adriano vinha de uma favela e isso me dava medo. Sabia os problemas que podia gerar ter muito dinheiro. Todo dia depois dos treinamentos, queria saber o que íamos fazer a noite... Me preocupava que ele pudesse ter problemas...”, finalizou.
Depois de deixar a Inter, Adriano ainda brilhou com a camisa do Flamengo, em 2009, onde foi campeão brasileiro.
G1
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