Conquistar uma Copa do Mundo em casa, espantar o fantasma da derrota em 1950 e entrar para a história são os grandes objetivos dos jogadores da seleção brasileira a partir desta quinta-feira. Mas não são os únicos.
Outro fator motiva o time do técnico Luiz Felipe Scolari na caminhada que se inicia contra a Croácia: um prêmio de US$ 500 mil (R$ 1,1 milhão) para cada atleta em caso de título.
O valor, elevado se comparado a outras conquistas, foi definido há pouco mais de 15 dias entre jogadores, comissão técnica e diretoria da CBF em conversas que não tiveram qualquer tipo de resistência entre as partes.
Inicialmente, o presidente da confederação, José Maria Marin, tinha pensado em depositar pouco menos de R$ 1 milhão aos jogadores em uma possível conquista. Mas o mandatário, escutando ainda um pedido de Felipão, aceitou a proposta do capitão e representante do time nas negociações, Thiago Silva.
Luiz Felipe Scolari ainda interveio na definição da premiação dos membros da comissão técnica. Os profissionais não receberão o mesmo valor dos jogadores, mas, a pedido do treinador, tiveram um considerável aumento na fatia e também ficarão com um prêmio polpudo.
A ideia da CBF é utilizar metade do prêmio oferecido pela Fifa ao campeão – R$ 78 milhões – para quitar as premiações em um possível título. Jogadores e Felipão dividirão cerca de R$ 26,7 milhões deste montante, restando ao estafe pouco mais de R$ 12 milhões.
Jogadores, comissão técnica e até o presidente Marin evitam falar sobre valores, mas confirmam que a situação, que era prioridade no elenco, já foi resolvida.
O valor de R$ 1,1 milhão por jogador neste Mundial representa um aumento de 1000% em relação ao prêmio pago pela conquista da Copa das Confederações – cerca de R$ 100 mil – ao mesmo grupo em 2013.
Em uma comparação com outros títulos de Copa do Mundo, a variação é ainda maior. Em 1994, os tetracampeões liderados por Dunga e Romário receberam 40 mil dólares pela conquista. Já em 2002, sob a batuta de Felipão, cada pentacampeão embolsou R$ 150 mil.
Uol