Representação protocolada na Procuradoria-Geral da República pela oposição relaciona um lote de supostos clientes da consultoria de Antônio Palocci.
Datado de terça-feira (24), o documento é endereçado ao procurador-geral Roberto Gurgel (foto). Pede a abertura de investigação contra o chefe da Casa Civil.
Relaciona 26 empresas. Entre elas logomarcas nacionais, multinacionais e pelo menos uma estatal, a Petrobras. Eis a lista:
1. Pão de Açúcar
2. Íbis
3. LG
4. Samsung
5. Claro-Embratel
6. TIM
7. OI
8. Sadia
9. Embraer
10. Dafra
11. Hyunday Naval
12. Halliburton
13. Volkswagem
14. GOL
15. Toyota
16. Azul
17. Vinícula Aurora
18. Siemens
19. Royal (transatlânticos)
20. Itaú-Unibanco
21. Bradesco
22. EBX
23. Petrobrás
24. Vale do Rio Doce
25. Amil
26. Wtorre
Assinam os líderes do DEM, Demóstenes Torres (GO), e do PSDB, Alvaro Dias (PR), além de Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE) e Randolfe Rodrigues (PSOL-AP).
O texto foi escrito no condicional. Fala de “empresas às quais teria Palocci prestado consultoria no período compreendido entre 2006 e 2010”.
Pede que o Ministério Público abra inquérito para apurar os “indícios da prática de atos de improbidade e de tráfico de influência”.
Nesta sexta (27), Palocci remeteu a Gurgel ofício com as explicações que o procurador-geral requisitara na semana passada.
No documento, Palocci sustenta que os serviços de consultoria prestados por sua empresa, a Projeto, não infringiram as leis.
O chefe da Casa Civil de Dilma Rousseff se absteve, porém, de relacionar a clientela que o remunerou.
Palocci reiterou o argumento segundo o qual os contratos que propiciaram a multiplicão de seu patrimônio contêm cláusulas de confidencialidade.
Até aqui, apenas três empresas admitiram formalmente ter contratado os serviços da consultoria companheira de Palocci.
Duas delas –Amil e WTorre— constam da lista encaminhada pela oposição à Pocuradoria. Outra, o banco Santander, não foi incluída na relação.
Josias de Souza