A Arquidiocese de Aparecida (SP) encerrou no último domingo, 15, o processo diocesano para a beatificação da Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa, co-fundadora do Mosteiro da Imaculada Conceição, em Guaratinguetá (SP). O encerramento foi no próprio mosteiro onde está enterrado o corpo da religiosa.
O processo teve início no dia 12 de março de 2009 e ficou sob responsabilidade de uma comissão, nomeada pelo Cardeal Arcebispo de Aparecida, Dom Raymundo Damasceno Assis. A comissão é formada pelo juiz delegado, padre Paulo Tadeu Gil Gonçalves Lima; pelo promotor de justiça, padre Narci Jacinto Braga; pela notária atuária, Maria Rita de Cássia Ferreira e pela notária adjunta, Eliete Galvão Reis da Silva.
Os trabalhos do tribunal responsável por investigar a vida, as virtudes e a fama de santidade da Madre Maria de Lourdes de Santa Rosa foram realizados na Cúria Metropolitana de Aparecida. Encerrado o processo arquidiocesano, toda documentação será encaminhada agora para a Santa Sé.
A religiosa nasceu em Polignano a Mare, Itália, em 1910 e foi para o Brasil aos 2 meses de idade, junto com seus pais e sua irmã Filomena. Foram morar no bairro do Pari, em São Paulo, onde nasceram seus irmãos Paulo José e Domingos. Aos 21 anos, ingressou no Mosteiro da Luz para ser uma religiosa concepcionista. Recebeu o hábito em 1931 com o nome de irmã Maria de Lourdes de Santa Rosa e fez os votos solenes em 15 de agosto de 1935.
Ali viveu 13 anos até ser designada abadessa do novo mosteiro a ser fundado em Guaratinguetá, onde chegou com outras cinco monjas no fim do ano de 1944. Foi administradora e superiora dedicada e prudente do Mosteiro por 24 anos. Sofreu muito e teve dolorosas doenças. Já debilitada pela vida austera e sofrimentos físicos e morais, faleceu na capital paulista no dia 19 de novembro de 1974, no Hospital São Paulo.
Por Matheus Araújo
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