O Flamengo declarou guerra a Ronaldinho Gaúcho e ao Palmeiras nesta sexta-feira. A presidente Patrícia Amorim enviou uma notificação extrajudicial ao Verdão, com cópia para a CBF e a Federação Paulista de Futebol, acusando o clube presidido por Arnaldo Tirone de ter induzido o jogador a romper o vínculo contratual com o Flamengo.
O texto da notificação diz que existem “evidências de que a Sociedade Esportiva Palmeiras iniciou tratativas para a contratação do atleta Ronaldo de Assis Moreira em data anterior à concessão de emancipação de tutela proferida pela 9ª Vara do Trabalho da Comarca do Rio de Janeiro.”
A liminar que deu liberdade a Ronaldinho foi concedida quinta-feira, mas ele não aparecia no clube nem dava sinal de vida desde o fim de semana.
Há até menção a detalhes da negociação entre o Palmeiras e Ronaldinho, que seria financiada por um fundo de investimentos.
Com base nesses dados, o clube carioca ameaça ir à Justiça para cobrar uma indenização de R$ 325 milhões do Palmeiras caso Ronaldinho assine contrato.
Abatida e com dificuldades para segurar a emoção, Patrícia Amorim, fez um pronunciamento de menos de cinco minutos sobre a saída traumática de Ronaldinho Gaúcho do clube.
Ele e o diretor de futebol Zinho disseram estar muito decepcionados com a atitude do craque, que cobra na Justiça R$ 40 milhões de multa, e deixaram claro que a batalha jurídica vai ser dura e cheia de rancor.
“O meu sentimento é o de todo torcedor, decepção, tristeza... É até difícil falar. O Flamengo será implacável na busca pelos seus direitos.
Eu repito, implacável.”
Zinho, contratado há pouco mais de 15 dias para impor postura profissional no clube e dedicação do grupo, foi ainda mais severo. “Quem errou com o departamento de futebol foi o Ronaldo. Vamos ser sinceros.
Não teve uma conduta profissional, de atleta profissional. Isso é inadmissível. Estou triste também. Não era o desfecho que a gente queria.”
Para o dirigente, mais do que o atraso salarial e dívidas de FGTS e INSS, o que motivou Ronaldinho a decidir foi saber que suas regalias tinham chegado ao fim. Zinho se referiu a dois casos de indisciplina do craque nas duas semanas em que ele está no clube.
Citou a decisão de não viajar com o elenco para o Piauí, onde o time disputou um amistoso com uma seleção local, e outro quando Ronaldinho chegou ao CT sem condições físicas de treinar. “Acabou a bagunça, acabou a festa. Fui bem claro. Quem quer fica. Quem não quer, pede para sair. Acredito que esse foi um dos motivos que o fizeram sair. Infelizmente, pela porta dos fundos.
Estadão
Nenhum comentário:
Postar um comentário