O encerramento da janela de transferências internacionais confirmou que o Flamengo não conseguiu fazer nenhuma contratação para qualificar o elenco, e a necessária melhora do desempenho terá mesmo de ser feita com o que se tem à disposição no grupo.
As más atuações no Brasileiro apontam para um futuro preocupante e aumentam a pressão em cima do técnico Joel Santana.
A demissão de Dorival Júnior do Internacional, nesta sexta-feira, põe uma sombra disponível no mercado, num momento em que a falta de opções era o mais forte argumento dentro do clube pela permanência do treinador.
Com o fim das especulações pela chegada de um camisa 10 de nome, o técnico Joel Santana voltou para a berlinda, e nesta sexta-feira saiu em própria defesa, equilibrando-se no discurso.
Ao mesmo tempo, evitou reclamar da diretoria pela incapacidade de fazer contratações; poupou críticas ao grupo, que disse considerar bom para chegar longe no Brasileiro; e elogiou o próprio trabalho e capacidade.
Joel reconhece alguns problemas: citou as falhas individuais contra o Corinthians, admitiu que ainda não conseguiu arrumar a defesa e as próprias mudanças no coletivo mostram um treinador que vai e volta atrás em decisões tomadas em busca de uma formação que o agrade.
Nesta sexta-feira, de uma tacada, mexeu nos três setores. Como González ainda sente dores e é dúvida para enfrentar o Cruzeiro, amanhã, recuou Aírton para a zaga, junto de Marllon. No meio, retomou uma ideia que parecia abandonada: a formação com quatro volantes.
O time treinou com Amaral, Luiz Antônio, Renato e Ibson no setor, na expectativa de sofrer menos gols. Houve também mudança no ataque. Depois de dar chances a Diego Maurício e Hernane, agora a vez é de Adryan ao lado de Love.
O Globo
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