Por ordem do juiz Mauro Baldini, o deputado federal João Lyra (PSD-AL) – congressista mais rico do Brasil – está proibido de entrar nas próprias empresas, que estão sob decreto de falência do Tribunal de Justiça.
Ele é acusado de intimidar os gerentes da massa falida das companhias em Alagoas e Minas Gerais.
Segundo o magistrado, Lyra teria invadido, no último dia 7, entre 17h e 18h, o escritório das empresas no bairro de Guaxuma e ameaçado o administrador e gestor da massa falida Carlos Benedito Lima Franco e o gestor Felipe Carvalho Olegário.
“Esse processo vai virar criminal”, disse o deputado, o que foi interpretado como ameaça de morte. O fato foi denunciado à Polícia Civil e formalizado em boletim de ocorrência.
Em Minas Gerais, segundo relato dos dois, funcionários demitidos no dia 19 de março pelos administradores da massa falida invadiram o escritório da unidade e retiraram documentos e equipamentos, a mando de João Lyra.
“A presença do Sr. João Lyra nos estabelecimentos da empresa tornou-se nociva às atividades desenvolvidas pela Massa Falida”, disse o magistrado Baldini, em sua decisão.
Os principais credores do parlamentar federal – que responde ainda a uma ação penal por crime ambiental – são os bancos Calyon (Londres), Alcotra (Bélgica), Natixis (França) e Banco do Nordeste (Brasil).
Fazem parte da massa falida do grupo três usinas em Alagoas e duas em Minas Gerais, a empresa produtora de fertilizantes e adubos Jotaele, uma concessionária de automóveis, a empresa de táxi aéreo Lug e o hospital São Vicente de Paulo.
Terra
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