Formou-se um consenso entre economistas de que, caso o impeachment se materialize, haveria primeiro uma piora na economia por conta das incertezas inerentes ao processo para, a partir de então, caminhar-se para uma melhora, baseada num governo com apoio no Congresso para passar suas medidas.
A 4E Consultoria transformou o cenário em números. Para 2016, o PIB, que teria uma retração de 3% caso Dilma se mantenha no poder, passaria a queda de 3,4% no caso de destituição da presidente. Já o IPCA passaria de 6,9% para 7,7%, enquanto o dólar sairia de uma cotação média de R$ 4,14 para R$ 4,48.
Para os anos seguintes a trajetória se inverte.
Para 2017, a previsão é de crescimento da economia de 1,7% da economia sob a batuta de Dilma, contra avanço de 2,4% sob um governo Temer. A inflação passa de 5,7% para 5%, enquanto o dólar fica em R$ 4,03, versus R$ 4,35 mantido o atual mandato.
A premissa básica, explica o sócio Juan Jensen, é de que o prêmio de risco — valor “cobrado” pelos investidores pela incerteza — deve aumentar no primeiro semestre do próximo ano, voltando a se normalizar mais rapidamente se houver um novo comandante com condições de fazer passar as reformas econômicas.
A probabilidade maior, no entanto, continua sendo de Dilma no poder: a consultoria atribui uma chance de 60% de que a presidente se mantenha.
ROL
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