O presidente de honra do PTB, Roberto Jefferson, que denunciou o mensalão e teve o mandato de deputado federal cassado em setembro de 2005, confirmou ao Estado que negociou, em 2005, com o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, o pagamento de R$ 1 milhão por mês ao PTB nacional com recursos que sairiam do esquema que envolvia empresas contratadas por Furnas Centrais Elétricas.
Em troca, o PTB abriria mão de indicar o diretor de Engenharia da estatal e o cargo continuaria ocupado por Dimas Toledo, nomeado no governo Fernando Henrique Cardoso.
Segundo Jefferson, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva reclamava da proximidade entre Dimas e o então governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), e decidira tirá-lo da estatal.
Jefferson disse ter sido informado por Dirceu que R$ 3 milhões mensais do esquema de Furnas eram distribuídos entre partidos, políticos e executivos da estatal. Então, foi feito um acordo com o ex-ministro para que o PTB nacional passasse a receber o R$ 1 milhão antes destinado ao PT nacional.
"Eu disse 'para mim está bom, sem briga, está fechado'. Dimas foi lá em casa, fechou esse acordo comigo", disse Jefferson.
Estadão
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