Responsável por levar o vice-presidente eleito Hamilton Mourão ao PRTB, o general Paulo Assis é apontado como um dos responsáveis por lançá-lo na chapa de Jair Bolsonaro (PSL) nas eleições deste ano.
Ex-comandante de Mourão no Exército e amigo de longa data, Assis não confia que Bolsonaro concluirá o mandato ou será reeleito em 2022: “o Mourão vai ser presidente da República”.
“Tudo pode acontecer. Ele é o vice, é o único que foi eleito. Os ministros todos podem sair, ele não. Vai ficar até o último dia”, disse o militar da reserva em entrevista ao portal The Intercept.
Assis participa da equipe de transição do governo indicado pelo próprio Mourão e se diz um “conselheiro” do futuro vice-presidente.
Ao portal, o ex-comandante relata que o general foi sondado por Bolsonaro para ser seu vice há dois anos.
O convite ficou em aberto, apesar do capitão da reserva ter flertado com outros nomes, como o da deputada estadual eleita Janaína Paschoal (PSL-SP), o astronauta e futuro ministro Marcos Pontes, e o herdeiro da família real brasileira Luiz Philippe de Orleans e Bragança.
Veio de Assis a ideia de se filiar ao PRTB; a princípio, o partido pensava em lançar Mourão como presidenciável, com o próprio presidente da sigla, Levy Fidélix, admitindo abrir mão da candidatura pelo general da reserva.
Eles acreditavam que Bolsonaro não conseguiria apoio o suficiente ou teria a candidatura barrada. O militar recusou pelo compromisso que havia assumido previamente com o capitão da reserva.
O nome do general como vice vinha encontrando resistência dentro do PSL, relata Assis, e o próprio Bolsonaro precisou bater o pé para garantir que Mourão estivesse na chapa; o vice foi anunciado na convenção do partido, realizada às vésperas do fim do prazo para o registro eleitoral.
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