O grupo australiano “Crusader Resources”, que conta com empresas do setor mineral composto pela Crusader do Brasil Mineração Ltda, Cascar Brasil Mineração Ltda e Crusader do Nordeste Mineração Ltda, realizou na manhã desta quinta-feira (05), no auditório do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte – IFRN/Campus Currais Novos, audiência pública para a discussão da implantação do empreendimento de extrativismo mineral de ouro em Currais Novos/RN.
O debate contou com a participação do prefeito Vilton Cunha, do diretor-presidente da Crusader, Robert Smakman, de Jorge Luís da Costa, representante do Departamento Nacional de Produção Mineral – DNPM, e de representantes do IDEMA (Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente do RN).
O prefeito Vilton Cunha ressaltou a importância da atividade mineradora para Currais Novos, e afirmou que a produção do ouro deve trazer trabalho e renda para o município. “Currais Novos teve sua economia baseada em três pilares: agricultura, pecuária e mineração, onde as duas primeiras se exauriram devido à seca e êxodo rural, e a última teve sua decadência na década de 1990”, disse. “Somos a 9ª economia do Estado, e com esse grande projeto esperamos gerar inúmeros emprego na nossa cidade, desenvolvendo o comércio e aumentado a renda da população”, comentou.
O diretor-presidente da Crusader lembrou que a audiência é um momento “muito importante para a empresa”, pois traz para a população informações importantes sobre o projeto.
Durante a audiência, representantes do IDEMA afirmaram que o momento tem como objetivo ouvir a população.
A Crusader apresentou um histórico do “Projeto Borborema”, que está localizado na Fazenda São Francisco, próxima a divida com Campo Redondo/RN, e que desde 2010 já foram investidos R$ 30 milhões no local.
De acordo com a empresa, as reservas minerais identificadas nas pesquisam posicionam a jazida entre as maiores do Brasil. A empresa responsável pelos estudos técnicos da área, PROGEL, apresentou um levantamento dos impactos ambientais e sociais que o empreendimento causará.
No relatório apresentado, a PROGEL afirma que o projeto “é viável no tocante aos aspectos ambientais, desde que sejam respeitadas as seguintes recomendações: desenvolvimento pleno de todos os planos de controle e monitoramento preconizados no estudo ambiental; e informação prévia ao IDEMA sobre qualquer alteração feita no projeto apresentado à este órgão ambiental”.
Após as discussões técnicas, representantes da sociedade puderam tirar dúvidas e questionar a empresa sobre a implantação do projeto.