Uma ciclofaixa com cerca de oito quilômetros será entregue à comunidade da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) no início de 2015.
O primeiro espaço destinado exclusivamente ao tráfego de bicicletas na Instituição encontra-se em obras, e está sendo construído em redor do anel viário externo do Campus Central.
Os acessos em execução constam da política de mobilidade urbana e acessibilidade à educação superior da UFRN, e serão posteriormente ampliados até a parte interna do campus.
Nilberto Gomes, arquiteto da Superintendência de Infraestrutura (SIN) explica que, para a elaboração do projeto, foram ouvidos grupos interessados como a Associação dos Ciclistas, e que, ao término do trabalho, os percursos construídos estarão interligados para favorecer a mobilidade dos usuários de bicicletas.
“Solicitamos também que a Prefeitura insira, em seu projeto de ciclovias, uma ligação com a nossa futura malha”, informou o arquiteto.
A intervenção prevê uma redução do canteiro central, uma área natural de drenagem. Como forma de compensar a perda, o pavimento da ciclofaixa está sendo elaborado com blocos intertravados, material que permite infiltração de água.
“Outra vantagem é que a manutenção é relativamente fácil, e pode ser feita pela nossa equipe”, explica o engenheiro da UFRN Carlos de Souza Júnior, fiscal da obra.
“Se utilizássemos asfalto isso não seria possível”, continua.
“Além disso, o bloco intetravado é um material resistente, que permite uma aplicação fácil diretamente em um colchão de areia compactada. Assim, futuras correções podem ser feitas com agilidade”, detalha o engenheiro.
O arquiteto Nilberto Gomes realça outro aspecto positivo: a possibilidade de reutilização dos blocos. “Se, por acaso, uma tubulação que passe embaixo da ciclofaixa precisar sofrer reparos, retiraremos os blocos daquela parte e, concluída a intervenção, usaremos os mesmos blocos na reconstrução. Em outras palavras, diminuiremos os custos”, aponta.
“Desnivelamentos que possam vir a ocorrer em alguns pontos, não se darão por má execução ou fiscalização, e sim por condições do próprio solo. Mas isso também será corrigido com maior rapidez”, complementa Nilberto.