No último sábado, pouco antes de embarcar para Cuba para dar seguimento ao tratamento do câncer, o presidente Hugo Chávez pediu gestos humanitários na Venezuela em prol de presos opositores que, como ele, estejam sofrendo de uma doença grave.
As declarações reforçaram indícios de que a doença pode levar Chávez, debilitado, a adotar um tom menos confrontador. Mas ao mesmo tempo deram argumento aos opositores que denunciam que o presidente venezuelano exerce certo controle sobre o Judiciário.
Quatro dias depois, a Procuradoria-geral da República já anunciava que estava estudando libertar 54 presos que sofrem de doenças graves. E, nesta quarta-feira, o opositor Alejandro Peña Esclusa, que tem câncer de próstata e foi preso há um ano acusado de esconder explosivos em casa, ganhou o direito à liberdade condicional.
- Independentemente de quem sejam , de suas opiniões, eu peço um gesto humanitário para que eles recebam o tratamento médico que precisam - disse Chávez, no sábado, antes de ir para Cuba iniciar a quimioterapia.
Yajaira Castro, casada com o ex-delegado de polícia Lazaro Forero, que tem câncer de próstata, disse que quase imediatamente após as palavras de Chávez um médico foi visitá-lo na prisão. Forero foi preso em 2002 acusado de participar da tentativa de golpe contra o presidente venezuelano.
O Globo.
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