sexta-feira, 22 de novembro de 2013

Ação que acusava Tiririca de ser analfabeto é arquivada pelo STF

O STF (Supremo Tribunal Federal) arquivou nesta quinta-feira uma ação contra o deputado Francisco Everardo Oliveira Silva (PR-SP), o Tiririca. 

Ele era acusado pelo Ministério Público de ocultação de bens e de ter fraudado o documento de registro de candidatura quando declarou que era alfabetizado. 

Tiririca, que recebeu 1,3 milhão de votos e foi o parlamentar mais votado das eleições de 2010 tinha sido absolvido na primeira instância da Justiça. Mas, devido a um recurso do Ministério Público, que tentava reabrir o caso, o processo foi parar no STF. 

No julgamento do Supremo, somente o ministro Marco Aurélio Mello votou pelo seguimento da ação. Os demais ministros optaram pelo arquivamento concordando com os argumentos da Justiça de primeira instância. 

Em 2010, o juiz da 1ª Zona Eleitoral de São Paulo Aloísio Sérgio Rezende Silveira fez um teste de leitura e escrita com Tiririca e entendeu que ele não era um analfabeto completo pois, mesmo com dificuldade, conseguiu ler e compreender um texto.

Para o juiz, teria havido dificuldade maior na escrita, mas ainda assim ele foi capaz de escrever algumas palavras. Por isso, considerando que a Justiça Eleitoral só proíbe a candidatura de analfabetos completos, e não funcionais, ele entendeu que Tiririca tinha o direito ao mandato. 

Em relação à acusação sobre ocultação de bens, a Justiça avaliou que o patrimônio do deputado havia sido transferido para seus filhos e a transferência foi comprovada, não havendo, portanto, ocultação. 
Folha

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