A ex-presidente do Banco Rural, Kátia Rabello, entregou-se na Superintendência da Polícia Federal em Belo Horizonte, na noite dessa sexta-feira (15/11), condenada a 16 anos e 8 meses de prisão por formação de quadrilha, lavagem de dinheiro, gestão fraudulenta e evasão de divisas, como amplamente divulgado.
Kátia chegou ao prédio da PF em uma BMW, grande pecado da ex-banqueira. Nessa situação, ela poderia ter chegado num carrinho mais simples, num táxi, num modelo mais chinfrim – seria mais adequado.
Tudo bem que Rabello tenha dinheiro pra andar no carro que quiser, mas, num momento desses, a atitude pegou mal. Não causa boa impressão, num país pobre como o nosso, alguém andar em carro importado, aliás, usado pela maioria dos corruptos.
Nesse delicado momento que Kátia atravessa, é como se dissesse à população já tão revoltada: “Tenho dinheiro, sim” e esfregasse na cara de todo mundo isso.
Foi desnecessário, faltou sensibilidade! Não que uma BMW custe uma fortuna, perto das cifras do Mensalão, de jeito nenhum! Se fosse nos Estados Unidos, onde essa marca é popular, zero problema, mas não aqui, com a miséria e a fome gritando na cara de todos.
A atitude de Kátia Rabello, que está entre os sete mandados de prisão no Mensalão em Minas Gerias, soou como ostentação, foi quase obscena.
Os outros são Marcos Valério, Cristiano Paz, Simone Vasconcelos, José Roberto Salgado, Ramon Hollberbach e Romeu Queiroz.
Lu Lacerde
Nenhum comentário:
Postar um comentário