Assessor econômico do candidato à Presidência da República Jair Bolsonaro (PSL) e cotado para assumir o Ministério da Economia, caso o capitão da reserva seja eleito neste domingo (28), Guedes já era alvo de um procedimento preliminar instaurado pela Procuradoria no início do mês para apurar se as suspeitas envolvendo as empresas de Guedes justificavam a instauração de um inquérito para aprofundar as investigações.
O inquérito contra Paulo Guedes é um desdobramento da Operação Greenfield, cuja primeira fase foi deflagrada em setembro de 2016, para apurar supostas irregularidades em fundos de pensão de empresas públicas, como o Petros, Previ e Funcef.
As investigações são conduzidas de forma conjunta pelo Ministério Público Federal (MPF), Polícia Federal (PF), a Superintendência Nacional de Previdência Complementar (Previc) e a Comissão de Valores Mobiliários (CVM).
Guedes é suspeito de ter obtido “benefícios econômicos” ilícitos entre 2009 e 2013, por meio de supostas fraudes envolvendo o fundo de investimentos BR Educacional Gestora de Recursos S/A, controlado pelo economista.
O inquérito instaurado hoje (26) vai justamente apurar se eventuais prejuízos financeiros registrados pelos fundos de pensão a partir de sucessivos investimentos orientados pela FIP foram causados por gestão fraudulenta ou temerária.
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