Não é difícil encontrar hoje em Parelhas pessoas que andem assustadas com a situação de insegurança que a cidade vive. Somente no mês de fevereiro deste ano, aconteceram quatro tentativas de homicídio e um assassinato. Quatro dos casos envolveram a utilização de arma de fogo no meio da rua. As autoridades acreditam que todos os crimes estão relacionados a acerto de contas do tráfico de drogas.
A situação é ainda mais preocupante porque não há policiais civis suficientes para realizar o trabalho. O delegado que responde pela cidade, Dr. George Davi, é delegado regional e é responsável por outros 11 municípios. Nos sábados, domingos e feriados, a delegacia só funciona para registro de flagrantes. Por dia, há apenas um agente plantonista.
Parelhas também não possui atualmente juiz titular e o promotor está de licença por seis meses.
Diante dos problemas, a Câmara Municipal, através do vereador Mourão, resolveu fazer uma audiência pública para debater o tema e formar um grupo para cobrar segurança do Governo do Estado. O lamentável é que pouca gente compareceu. Além de uma pequena platéia, a audiência aconteceu sem as participações do Secretário de Segurança do Estado, Ministério Público, o Juiz substituto (atualmente está de férias) e os vereadores Marcos do PT (Está em uma operação da PF no norte do país), Aurélio Burity e Humberto Gondim (não justificaram ausência).
O prefeito Francisco Medeiros, que compareceu a audiência, lamentou a ausência dos convidados e já se prontificou a participar do grupo que vai até a governadora pedir providências. “Acho interessante que na época de campanha os políticos levantam a bandeira da segurança, mas hora de discutir e tomar as providências, muitos são ausentes”, completa o prefeito indignado com a situação.
A.I-PMP