O jesuíta Jorge Mario Bergoglio, hoje papa Francisco, tinha em Buenos Aires uma lista de contatos que utilizava para ajudar diretamente opositores procurados pela junta militar ou para que se escondessem, afirma um livro que será publicado em outubro na Itália.
Segundo a imprensa italiana, o livro faz uma investigação minuciosa sobre a atitude de Bergoglio durante a ditadura (1976-83), época na qual comandava os jesuítas argentinos.
O autor do livro, o jornalista italiano Nello Scavo, conta que o futuro papa constituiu uma rede clandestina para proteger algumas pessoas perseguidas e ajudá-las a fugir.
"Nenhum dos que pertenciam ao sistema Bergoglio sabiam que faziam parte deste. Cada um fazia um favor preciso ao chefe dos jesuítas: um disponibilizava uma cama durante algumas noites, outro ajudava com uma viagem de automóvel e outro comprava passagens de avião ou navio", explica Scavo.
A suposta cumplicidade do atual papa com a ditadura argentina provocou polêmica em março, durante os primeiros dias de seu pontificado.
Mas várias vozes se levantaram, incluindo o prêmio Nobel da Paz Adolfo Pérez Esquivel, para defender o pontífice das acusações.
Folha
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